sábado, 25 de dezembro de 2010

CP PONDERA ACABAR COM O ÚNICO COMBÓIO DIRECTO ENTRE CALDAS E COIMBRA

A única ligação directa entre a linha do Oeste e Coimbra (onde se podem apanhar os comboios da linha do Norte e da Beira Alta) está em risco de acabar se a CP executar na íntegra aquilo que tem previsto no seu Plano de Orçamento para 2011.

No documento a que Gazeta das Caldas teve acesso, a empresa – que está fortemente empenhada em cortar nos gastos em virtude da política de contenção orçamental – diz que vai “avaliar” a possibilidade de alterar o percurso dos Inter-Regionais que hoje fazem Caldas-Coimbra para Caldas-Figueira da Foz, terminando assim a ligação directa a outras correspondências.

A concretizar-se, isto significa uma inversão da estratégia assumida há quatro anos, quando a CP, através do seu vice-presidente Nuno Moreira, apresentou nas Caldas uma nova oferta que contemplava quatro ligações directas entre a linha do Oeste e a cidade de Coimbra (e respectivas ligações ao Norte e Beira Alta).

Em Dezembro do ano passado, inesperadamente, a CP cortou duas dessas ligações, sobrando apenas uma em cada sentido. E agora a intenção é acabar com o comboio que sai das Caldas às 16h20 e está em Coimbra às 18h23. Uma viagem de 2h03 horas, um pouco lenta, mas perfeitamente concorrente com a Rodoviária que demora 2h40 pois os Expressos não aproveitam integralmente a A8 e passam por Alfeizerão, S. Martinho, Nazaré e Marinha Grande.

Em relação ao transporte individual, a ligação ferroviária, que custa 9,55 euros é também preferível, sobretudo tendo em conta o preço do combustível e das portagens.

Ou seja, a CP tem vindo a retirar oferta na linha do Oeste precisamente no eixo em que é mais competitiva (Caldas – Coimbra), embora a baixa frequência (só uma ligação em cada sentido) e o desconforto das automotoras sejam desencorajadores do modo ferroviário.

Por outro lado, a CP teima em tratar mal as pessoas do Oeste ao instituir um tarifário absurdo que é um convite para não se viajar de comboio. Em vez de vender uma viagem entre uma origem e um destino, a empresa vai somando todas as etapas até ao fim, tornando os preços incomportáveis. Por exemplo, entre Bombarral e o Porto um bilhete pode custar 16,55 euros ou 20,95 euros consoante o número de comboios em que o passageiro for obrigado a viajar. Um exemplo: Bombarral-B. Lares (8,15 euros), B. Lares-Coimbra (1,80 euros) e Coimbra Porto (11 euros) somam um custo de quase 22 euros.

Desta maneira, a CP (que é único operador ferroviário, mas, pelos vistos, com muitas “mini CP” a complicarem) faz com que os seus clientes tenham muitos transbordos e paguem mais.

Em contrapartida, a linha do Oeste é uma das raras do país que no plano de contenção da CP não será afectada com cortes na oferta. O documento prevê a redução do serviço regional nas linhas do Douro, Minho, Beira Alta, Beira Baixa, Leste, Alentejo e Sul e contempla mesmo a extinção pura e simples dos comboios de passageiros no ramal de Cáceres (que serve Castelo de Vide e Marvão), Beja e Funcheira, e Setil e Coruche.

Deputados do PSD não respondem à Gazeta das Caldas

No dia em que uma comitiva de deputados do PSD realizou uma viagem na Linha do Oeste, entre Lisboa e Caldas da Rainha, a fim de chamar a atenção para o mau funcionamento deste eixo ferroviário, Gazeta das Caldas enviou para o mail pessoal da Assembleia da República de cada um destes parlamentares as seguintes questões:

1. Como explica que, em anterior proposta de um grupo parlamentar da oposição para a modernização da linha do Oeste, o PSD tenha votado contra?

2. Como explica esta visita do ponto de vista político, tendo em conta que o PSD, enquanto partido de poder, nada fez nos últimos 30 anos pela linha do Oeste, apesar de ter feito sucessivas promessas sobre a sua modernização?

3. Que propõe o PSD, em concreto, para a modernização da linha do Oeste?

Contudo, nenhum dos deputados (Miguel Macedo, Duarte Pacheco, Teresa Morais, Pedro Lynce e António Leitão Amaro) respondeu.

C.C.Carlos Cipriano

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ernâni Lopes sepultado em S. Martinho do Porto

Não eram raras as vezes em que Ernâni Lopes dizia publicamente que era em São Martinho que gostava de ter a sua última morada e que ali tinha adquirido um jazigo, ainda antes de comprar uma casa de férias. E a vontade do antigo ministro das Finanças cumpriu-se na passada sexta-feira.

Aos 68 anos, Ernâni Lopes faleceu, depois de anos a lutar contra um cancro. A notícia da morte de um dos mais respeitados economistas portugueses suscitou desde logo reacções dos mais diversos quadrantes políticos e não faltaram elogios ao homem que nos anos 80 negociou com o FMI e impôs em Portugal um pacote de medidas austeras, entre as quais a criação de um imposto extraordinário no 13º mês. Conhecido por ser um homem firme, Ernâni Lopes nunca se afastou por completo da política, nem que fosse como comentador, um posto que ocupava sem papas na língua. Nas cerimónias fúnebres que tiveram lugar na Igreja das Mercês, em Lisboa, juntaram-se dezenas de personalidades portuguesas. Um cenário diferente das cerimónias que tiveram lugar em São Martinho do Porto. A família tinha pedido uma cerimónia íntima, e assim foi. No cemitério da vila terão estado cerca de três centenas de pessoas, entre populares, amigos próximos e familiares do economista, mas não houve presenças mediáticas.

A ligação de Ernâni Lopes a São Martinho tem na base a família da sua mulher. LER MAIS...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A SAGA CONTINUA

A Saga continua…


O Movimento São Martinho para Caldas teve conhecimento que a Câmara Municipal de Alcobaça (CMA), na sequência do que vêm sendo as suas práticas face aos interesses reais da população da Freguesia de São Martinho, tomou mais uma atitude que, se não fosse real, não dava para acreditar.

Por solicitação do Grupo Desportivo Concha Azul (GDCA), emblema histórico e de utilidade pública da Freguesia, o Presidente da CMA foi convidado a visitar as suas instalações para, no local, analisar a possibilidade de apoiar obras de melhoramento e requalificação do seu parque desportivo (as infra-estruturas existentes foram obra de entidades e população locais). A autarquia alcobacense marcou uma primeira visita, que de seguida anulou, tendo ficado acordada nova data, visita que incluía um almoço por sugestão da Câmara e a presença do executivo da Junta de Freguesia. Os corpos directivos do GDCA pediram dispensa das suas actividades profissionais, preparam o repasto e, no dia e hora estipulados, aguardaram todos, pacientemente, a chegada do Presidente da Câmara. Esperou-se, esperou-se e esperou-se. Desesperou-se! Estranhando-se tal atraso, sem se ter recebido qualquer informação ou justificação, tomou-se a iniciativa de contactar a CMA, o que causou nítido embaraço. Perante tal situação, pôs-se ao caminho um Senhor Vereador que, chegado ao local, procurou justificar o injustificável. Almoçou, caminhou pelo pelado e, sem que nada se resolvesse, foi-se embora.

É incrível a forma como se tratam institucionalmente entidades e pessoas, com responsabilidades sociais, culturais e desportivas a nível local. É confrangedor a ignorância que se presta a uma instituição que procura ocupar os tempos livres dos mais jovens, com todos os benefícios que daí advêm, ao mesmo tempo que divulga e prestigia o nome de São Martinho do Porto. Mais uma vez, fica provado o desprezo que a CMA revela pelo Clube, em particular, e pelos interesses da Freguesia, em geral.



O Movimento São Martinho para Caldas

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Noticias da Rádio Nazaré sobre o mercado

São Martinho do Porto

Mercado Municipal reabre ao público (Actualizada)
Quarta, 03 Novembro 2010 15:31

Mercado Municipal de São Martinho do Porto - Fonte: Blog São Martinho para Caldas

O mercado municipal de São Martinho do Porto abriu hoje as portas ao público, depois de na semana passada a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica ter encerrado aquele espaço por falta de condições de higiene.

O mercado municipal já tinha recebido a visita da ASAE em agosto último, que exigiu na altura a realização de obras de beneficiação, que terão sido agora efectuadas.

Segundo o blog "São Martinho para Caldas", de António Costa, o mercado municipal "nunca sofreu qualquer obra que o tornasse minimamente funcional".

Para aquele blog que há muito defende a saída de São Martinho do Porto de Alcobaça e a sua integração no concelho de Caldas da Rainha, "nunca existiram [no mercado] condições apropriadas de armazenamento e conservação de produtos".

"As instalações sanitárias" acrescenta o blog, "interiores e sem o mínimo de condições de higiene, atingiram um ponto de degradação tal que acabaram por ser encerradas".

O mercado municipal de São Martinho do Porto tem uma arquitetura considerada "desadequada ao fim a que se destina", e a sua manutenção e limpeza são "difíceis e caras dadas as características da construção".

A falta de higiene tem sido a principal causa de detenção e suspensão da laboração de empresas nos últimos tempos, no seguimento das fiscalizações da ASAE.

No início deste mês, aquela polícia deteve duas pessoas numa coletividade de Caldas da Rainha, por suspeita de "produtos avariados que provocaram uma intoxicação alimentar".

Em setembro a ASAE fechou uma padaria em Peniche, e em agosto encerrou uma cervejaria e uma padaria na Nazaré, ambas "por falta de asseio".

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

DEPUTADOS MUNICIPAIS DEBATERAM A FALTA DE MOBILIDADE NO CONCELHO

O tema da mobilidade dominou grande parte da discussão na última Assembleia Municipal caldense,realizada a 26 de Outubro.
Os deputados foram unânimes na pertinência de relançar o comboio dos banhos entre as Caldas e as praias de Salir e S. Martinho, assim como na necessidade de ampliar o circuito do Toma. O presidente da Câmara desvalorizou as propostas apresentadas, justificando que em tempo de crise a Câmara não pode suportar mais despesas.
Os deputados tiveram ainda conhecimento do parecer da Direcção Geral da Administração Local (DGAL), onde é referido que os presidentes de Junta em regime de permanência – como era do caso dos autarcas de Nossa Senhora do Pópulo e de Santo Onofre -, têm direito a receber senhas de presença das reuniões da Assembleia Municipal em que participam como deputados.
Fernando Rocha (BE) apresentou três propostas para melhorar a mobilidade no concelho
Depois de ter pedido para agendar o tema “Mobilidade urbana na vertente do transporte público”, o deputado bloquista Fernando Rocha apresentou três propostas de recomendação à Câmara para melhorar a mobilidade.
O deputado defendeu a renegociação com a Rodoviária do Tejo dos serviços que esta empresa presta às populações, uma vez que muitas pessoas das freguesias “têm horários que não servem o seu direito ao transporte por serem muito incipientes”.
Considera que esta situação ganha maior importância nas freguesias suburbanas, como é o caso de Tornada, Coto e Nadadouro, em que grande parte dos seus habitantes se deslocam diariamente para trabalhar na cidade.
Fernando Rocha propõe ainda uma alteração dos horários dos transportes públicos entre as Caldas e a Foz do Arelho de modo a facilitar a deslocação das pessoas durante todo o ano e não só no período do Verão.
No que respeita ao Toma, o deputado propõe a criação de uma nova linha que passe pela ESAD, servindo a sua população estudantil e docente. Nas linhas já existentes deveria ser feita a inversão do sentido dos percursos, duplicando-se, assim, “a oferta de serviços aos utentes, com diminuição do tempo de espera dos autocarros”, defendeu.
Propôs ainda o alargamento do período de funcionamento do Toma ao sábado à tarde e ao domingo.
A terceira proposta apresentada foi o retomar do comboio dos banhos para as praias de Salir do Porto e S. Martinho. “A Câmara poderia reforçar o interesse desta proposta em articulação com outros municípios vizinhos também servidos pela Linha do Oeste, como Bombarral e Óbidos”, disse.
O presidente da Junta de Freguesia de Tornada, Henrique Teresa, rebateu a informação de que não há transportes em numero suficiente para Tornada, explicando que esta localidade, assim como o Chão da parada e Reguengo, têm “transportes a passar pelas suas paragens praticamente de minuto a minuto”.
A deputada socialista Luísa Arroz também partilhou algumas sugestões e preocupações que tem ao nível da mobilidade, que considera que deve ter uma análise mais ampla, estendendo-se ao peão, ao ciclista e utilizador do transporte individual.
Luísa Arroz explicou que toda esta articulação com o cidadão está relacionada com a visão que tem da cidade, que devia ser mais ecológica, amiga do ambiente e onde as diversas modalidades de transporte estão equilibradas no desenho urbano. Propôs para a cidade a construção de vias para o ciclismo e promoção de formas de transporte mais amigas do ambiente e a reconversão dos autocarros do Toma também em transportes urbanos verdes.
Os socialistas propõem também a avaliação dos percursos do Toma e de outras redes de transporte, nomeadamente a partir dos eixos de ligação entre as áreas urbanas e os principais serviços públicos na cidade e no concelho. As dificuldades de circulação individual para cidadãos portadores de deficiência física deviam ser avaliadas e eliminadas as vias sem acesso pedonal ou demasiado estreitas, de modo a que o centro urbano fique ligado através de vias pedonais.
“Devíamos também promover a mobilidade dentro do concelho, não só a partir das freguesias para o centro, mas também entre as freguesias, materializando a ideia de concelho policêntrico”, acrescentou.
Luísa Arroz defendeu ainda a adaptação do serviço de transporte concelhio para a bicicleta e, na ligação do concelho à região e ao país, e uma aposta numa ligação mais forte para o Norte a rodoviário e ferroviário.
Também Vítor Fernandes (CDU) partilhou da opinião de que não há ligações úteis entre as freguesias e as Caldas e vice-versa. “Os horários que existem não são normalmente cumpridos”, refere o deputado comunista, acrescentando que esse é um problema que se coloca sobretudo a quem procura emprego e não tem como se deslocar a não ser utilizando os transportes públicos.

“A mobilidade está no centro do desenvolvimento de qualquer território”

Para o deputado centrista Duarte Nuno a recuperação do comboio dos banhos é uma boa ideia, que funcionará como alternativa aos veraneantes que, muitas vezes não têm onde deixar os carros quando vão para a praia. “Temos que pensar que temos poucas praias nesta região e é preciso criar todas as formas de as tornar atractivas”, acrescentou.
Em relação ao Toma, este deputado concorda com a sua passagem pela ESAD, ainda que não tenha que ser feita uma nova linha para abarcar esse percurso. Na sua opinião, não cabe à Assembleia desenhar percursos ou definir horários, mas dar orientações. Uma das que defende é a passagem do autocarro urbano por todas as instituições de ensino secundário e superior do concelho, justificando que o Toma é maioritariamente usado por jovens e idosos e que estes públicos, por si só, justificam a paragem nestas escolas.
Duarte Nuno chamou ainda a atenção para o facto de algumas paragens do Toma não terem horários.
Para Maria de Jesus Fernandes (PS), a mobilidade “está no centro do desenvolvimento de qualquer território”, pelo que o plano municipal tem que jogar com todos os factores que lhe estão associados. Nas Caldas “temos uma rede de transportes adaptada às escolas e necessidades básicas e muito pouco mais que isso”, disse, apelando à realização de um plano mais ambicioso.
Relativamente às propostas apresentadas pelo BE, a deputada socialista congratulou-se com o comboio dos banhos, que diz ter potencial e talvez resolva um problema real de acessibilidades.
A deputada pediu mais informações sobre o funcionamento do Toma e lembrou que na altura da sua criação era vereadora na Câmara (pelo PS) e defendeu que este transporte tivesse soluções mais ecológicas.
Lalanda Ribeiro (PSD) informou a Assembleia que o Ponto de Ajuda (Contrato Local de Desenvolvimento Social) está a elaborar um estudo sobre mobilidade e acessibilidades. O objectivo passa por estudar as articulações existentes entre as freguesias e a cidade e dentro da própria cidade.
O presidente da Junta de Nossa Senhora do Pópulo, Vasco Oliveira, aproveitou a oportunidade para falar sobre as acessibilidades na sua freguesia, reivindicando uma sinalização mais moderna, e sobretudo semáforos na Praça da Fruta para disciplinar o movimento naquela rua.
O presidente da Câmara, Fernando Costa, alertou para o facto de “mais e melhores transportes custarem dinheiro” e que actualmente vivem-se tempos de contenção. Considera que há uma paragem do Toma suficientemente perto da ESAD e adverte que quanto “maior for o prolongamento do Toma menos utilizável e eficaz se torna porque as pessoas têm que esperar muito tempo”.
O autarca disse ainda que em alturas de crise, como a actual, os cidadãos já estão a pagar muitos impostos, pelo que a Câmara deve “pensar é em reduzir despesa”. Até porque no próximo ano irá receber menos dinheiro do Estado e menos quatro milhões de euros de IMT (Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis).

JSD quer actividades económicas sustentáveis nas Caldas

As Caldas quer afirmar-se como o concelho das actividades económicas sustentáveis. Nesse sentido, o deputado e presidente da JSD, Paulo Ribeiro, apresentou várias medidas de apoio ao investimento sustentável, como alternativa à queda de investimentos públicos que se tem registado.
Uma das propostas consiste na criação de uma bolsa criativa municipal, que se traduz num interface entre possíveis compradores e produtores de arte, possuindo cada município uma base de dados com informação sobre este mercado.
“Esta rede não só possibilitará conhecer as potencialidades de cada concelho, como também permitirá que o comércio cultural da região seja virado para todos os concelhos de forma coesa e ambiciosa”, referiu o jovem dirigente associativo.
De forma semelhante, mas adaptada às profissões liberais e independentes, funcionaria a bolsa municipal de trabalho. Já a bolsa municipal de empresas permitiria que estas estivessem em rede e, sempre que fosse necessário algum serviço, seria contactada uma empresa da região, ao invés de ser de fora.
Outra das propostas da JSD é a criação da bolsa municipal do investidor, dirigida a todos quantos queiram investir no concelho das Caldas e procuram parcerias de investimento.
O programa Custo Virtual foi descrito por Paulo Ribeiro como o mais ambicioso porque implica uma “revolução de mentalidades”. Este consiste em fazer dos profissionais exteriores ao projecto apresentado pelo investidor proprietários de uma parte do mesmo, ganhando uma determinada percentagem sobre os lucros. “Isto já foi feito ao nível de cinema e pode ser transposto para as empresas”, justificou o jovem.
Para a deputada Luísa Arroz (PS) esta proposta não passa do registo em base de dados de associações culturais e artistas, assim como de empresas, alertando que isso não é o mesmo que criar uma rede, coisa que implica comunicação e troca de informações.
A deputada socialista explicou que já existem directórios de associativismo em quase todas as Câmaras do país e as próprias Direcções Regionais de Cultura já têm um directório de associativismo cultural, “mas das Caldas encontra-se pouca coisa porque a autarquia não responde muito aos inquéritos”.
Luísa Arroz disse ainda que alguns municípios seguiram outra via, que considera mais interessante, e que passa pela criação de espaços on-line onde as associações podem criar um jornal de parede ou um site com o trabalho que realizam. “Os que já fizeram isso há mais tempo estão a atribuir os subsídios baseados na avaliação das actividades que são criadas nesse site”, salientou.
Carlos Tomás, também do PS, reconheceu alguns méritos na proposta apresentada, fazendo, no entanto, sugestões no sentido desta ser de âmbito oestino, de se aprofundarem alguns aspectos.
Também Duarte Nuno (CDS/PP) disse que as ideias apresentadas podem ser tomadas como ponto de partida para um projecto, devidamente orçamentado e articulado com outros intervenientes. Mas confessou: “não acredito que o município, que tem falta de pessoal informático e no departamento de SIG, vá fazer um orçamento para criar um portal para esta rede”.
Fernando Rocha (BE) enalteceu o valor da proposta e expressou os parabéns ao deputado Paulo Ribeiro e à JSD porque “demonstra algo de criativo”.
A proposta de criação das bolsas foi aprovada pela maioria social-democrata, com um voto contra da deputada socialista Luísa Arroz e a abstenção dos restantes deputados socialistas, do CDS/PP e de dois deputados sociais-democratas.
Luísa Arroz justificou o seu voto contra com as reservas que possui nesta matéria e com o facto de não querer mudar a matriz do país com a criação de directórios. Já a restante bancada socialista absteve-se por considerar a proposta demasiado vaga.

Presidentes de Junta têm direito a senhas da Assembleia

Os presidentes de Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo e de Santo Onofre, têm direito a receber senhas de presença das reuniões da Assembleia Municipal em que participam como deputados. Este o parecer da Direcção Geral da Administração Local (DGAL), que foi divulgado através da revista da ANAFRE (Associação Nacional de Freguesias).
De acordo com aquele documento, os presidentes de Junta de Freguesia, por participarem num órgão diferente do da sua junta, têm direito a receber as senhas de presença.
O presidente da Assembleia Municipal, Luís Ribeiro, vai pedir para que seja enviado o parecer e, quando isso acontecer, pretende proceder ao pagamento das senhas de presença que estão suspensas desde o momento que foram suscitadas dúvidas acerca da sua legalidade.
Luís Ribeiro disse ainda que pretende mandar um texto para ser publicado nos jornais locais a dar conta desta posição da DGAL. Por outro lado, salienta que as pessoas que escreveram sobre o assunto na comunicação social deveriam agora retratar-se, sobretudo perante os presidentes de Junta em questão.
O presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, Vasco Oliveira, agradeceu a solidariedade dos deputados municipais nesta matéria e considera que a “verdade veio ao de cima”. O autarca disse que quem escreveu os artigos no jornal devia pedir desculpa. Já o seu colega autarca da Junta de Freguesia de Santo Onofre, Abílio Camacho, optou por não falar sobre o assunto, dizendo apenas que “quem levantou essa questão são pessoas sem nível”.
Fernando Rocha sentiu-se ofendido com estas declarações e evocou a figura da defesa da honra para as rebater. Disse não ter emitido qualquer juízo de valor em relação às senhas de presença, mas entende que “perante uma questão desta importância não podemos assobiar para o lado”.
Abílio Camacho (PSD) ripostou justificando que não acusou ninguém e que se alguém “se queimou é porque tem rabo de palha. Ando há muito tempo à procura da pessoa que escreveu sobre mim nos jornais e se o senhor se está a queimar…”.

Maioria rejeita moção de apoio à greve geral

A grande maioria dos deputados municipais rejeitou a moção de apoio à greve geral de 24 de Novembro apresentada pelos deputados Fernando Rocha (BE) e Vítor Fernandes (CDU). Apenas a deputada Luísa Arroz (PS) se absteve numa votação que teve apenas os votos favoráveis dos preponentes.
A moção apelava a que, tendo em conta as “graves medidas anunciadas pelo governo, a incluir no orçamento de Estado para 2011, com gravíssimas implicações na vida quotidiana dos cidadãos”, que a Assembleia se solidarizasse com a greve geral nacional de forma a “chamar a atenção aos responsáveis governamentais e a todas as forças políticas para que se encontrem outras soluções, de maior equilíbrio e justiça”.
Fernando Rocha (BE) disse mesmo tratar-se de uma “moção patriótica” e realçou que o documento não utiliza argumentos de esquerda, mas de cidadãos que se interrogam.
Já o deputado comunista Vítor Fernandes defendeu que a moção se refere a temas que também afectam a população do concelho.
O deputado do PSD, Lalanda Ribeiro, explicou que não é hábito a Assembleia associar-se ou apoiar greves nacionais e que não seria desta vez que a bancada social-democrata ia modificar a sua posição, optando por votar contra.
Também Carlos Tomás (PS) declarou que as questões sindicais devem ficar de fora do âmbito da Assembleia, independentemente do que qualquer um dos membros possa pensar sobre a greve.
Já Duarte Nuno (CDS/PP) foi mais crítico com a moção apresentada, dizendo mesmo que esta revelava falta de bom senso. “Claro que estamos preocupados com o aumento dos impostos, com o facto dos pensionistas terem que passar a pagar parte dos medicamentos e as dificuldades da classe média e média baixa, mas entendo isto como uma instrumentalização da Assembleia Municipal”, disse, defendendo antes a criação de moções para abordar temas locais.

Violência na cidade preocupa deputados

O deputado social-democrata Lalanda Ribeiro apresentou um voto de congratulação pelos 35 anos da Infancoop e pela realização, nas Caldas, das comemorações do Dia do Mutualismo, sob a presidência da ministra do Trabalho e da Segurança Social. O mesmo deputado apresentou ainda as felicitações ao Montepio por ter sido distinguido com o prémio de Mutualismo e Solidariedade 2009 por parte da União das Mutualidades Portuguesas.
Maria de Jesus Fernandes (PS) também expressou os seus votos de parabéns pelo 20º aniversário da ETEO, comemorado recentemente, e congratulou-se pelo lugar ocupado pela Escola Secundária Raul Proença no ranking deste ano. “Ocupa o 43º lugar no ranking nacional, mas se lhe retirarmos as escolas privadas, está em 14º lugar”, explicou a deputada, estendendo as felicitações ao colégio Rainha D. Leonor, que se encontra imediatamente a seguir no ranking.
Carlos Elias (CDS/PP) voltou a trazer as questões da falta de segurança à Assembleia Municipal, mostrando a sua preocupação com os incidentes ocorridos no fim-de-semana anterior nas Caldas. Apesar de considerar que esta ainda é uma cidade segura, considera que é necessário estar atento à onda de violência que se tem registado, sobretudo porque se aproxima uma época festiva, que é também a época alta do comércio tradicional.
O presidente da Junta de Freguesia de Santo Onofre, Abílio Camacho, corroborou da preocupação do deputado centrista e partilhou com a restante Assembleia o que se passou na sua freguesia. No fim-de-semana anterior (23 e 24 de Outubro) foram roubadas sete viaturas e foram queimadas duas, assim como seis ou sete contentores do lixo. Houve ainda uma tentativa de assalto ao Arneirense e uma luta num bar do Bairro da Ponte, com agressões com facas.
“Na minha freguesia houve uma onda de vandalismo e a polícia tem toda a gente referenciada”, explicou o autarca, acrescentando tratar-se de três gangs de miúdos, com idades entre os 14 e os 17 anos que habitam os bairros dos Arneiros e das Morenas e o prédio do Viola. “Todos eles estão referenciados pela polícia, mas não se pode fazer nada porque são menores e não podem ser presos”, frisou, fazendo notar que se as coisas continuarem assim, “dificilmente algum idoso pode andar na rua depois do sol se pôr”.
Abílio Camacho queixou-se ainda que a policia nada faz porque possui poucos efectivos, mas o que é certo é que ainda “hoje passei na estrada de Tornada e estava a decorrer uma operação Stop com 12 efectivos”.
Aprovado regulamento dos Prémios Rainha

O regulamento dos Prémios Rainha – Caldas Jovem Criador foi aprovado por maioria, mas com a abstenção dos deputados socialistas.
Antes, o coordenador da segunda comissão, Miguel Goulão, propôs a sua aprovação justificando que este contempla todas as propostas efectuadas pela comissão no debate efectuado com a Câmara. O BE aprovou o parecer na generalidade, mas considerou o valor dos prémios exíguo.
Já o PS pediu, sem sucesso, o adiamento da votação para que pudessem estudar o documento, que havia sido entregue apenas no começo da reunião da comissão. Como não lhes foi dado o tempo solicitado, os socialistas optaram por se abster. O líder do grupo municipal, Carlos Tomás, disse mesmo não perceber a urgência da votação, depois do documento ter estado “quatro meses parado numa secretária”.
Nesta reunião Vítor Fernandes (CDU) manifestou o seu descontentamento com o facto de não ter havido tempo para a discussão do terreno para a instalação de um centro para o tratamento de toxicodependentes na Foz do Arelho, tendo sido aprovado à pressa na reunião anterior. O deputado comunista fez saber que continua com dúvidas relativamente a este assunto, primeiro porque não se trata de uma IPSS e porque também não conhecem qualquer opinião da Segurança Social sobre a instituição.
Nesta reunião foi ainda colocado um novo ponto na ordem de trabalhos, por proposta do PS, de alteração ao regimento da Assembleia Municipal. Os socialistas consideram que o actual regimento é omisso quanto ao funcionamento das comissões e pedem a inclusão no documento do seu funcionamento.

Fátima Ferreira

fferreira@gazetacaldas.com

segunda-feira, 1 de novembro de 2010


Manifestis Probatum



O título deste artigo significa, em latim, manifestamente provado. É o que passa agora com o mercado municipal de São Martinho do Porto, que também demonstra claramente a gritante falta de visão dos responsáveis e respeito pelos interesses da Freguesia.
Com uma arquitectura cara e completamente desadequada ao fim a que se destinava, o mercado municipal de São Martinho do Porto, desde que foi construído até hoje, nunca sofreu qualquer obra que o tornasse minimamente funcional. Jamais os políticos se preocuparam em solucionar os graves problemas existentes, sobretudo no que respeita a infra-estruturas. O estacionamento nunca existiu, apesar do local previsto se encontrar demarcado e com acessos prontos desde a conclusão do mercado. Os espaços destinados à venda foram sendo distribuídos sem qualquer critério. Nunca existiram condições apropriadas de armazenamento e conservação de produtos. As instalações sanitárias, interiores e sem o mínimo de condições de higiene, atingiram um ponto de degradação tal que acabaram por ser encerradas. Quanto à manutenção e à limpeza em geral (interior e exterior), já de si extremamente difíceis e caras dadas as características da construção, os responsáveis não conseguiram resolver satisfatoriamente o problema.
Assim, não nos admira que a ASAE tenha exigido, recentemente, a tomada urgente de medidas que criem as condições necessárias ao normal funcionamento de um qualquer mercado municipal deste País. Caso contrário, a Freguesia de São Martinho do Porto perderá mais um dos seus pontos mais característicos e importantes para todos (população local, turistas, pequenos agricultores, pequenos comerciantes e demais envolvidos).
Porque, tendo em conta a aprovação de concorrência comercial demasiado próxima do mercado municipal, não se procedeu, no mínimo, à sua requalificação e melhoria? Será isto que a Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) pretende como modelo de desenvolvimento?



O Movimento São Martinho para Caldas



sábado, 23 de outubro de 2010

ESCOLAS DAS CALDAS DA RAINHA NOS PRIMEIROS LUGARES DO DISTRITO DE LEIRIA

Tendo em conta que os rankings variam de jornal para jornal, com variáveis que passam pelo número de exames realizados, pela generalidade das provas ou apenas pelas provas mais concorridas, entre muitos outros, Gazeta das Caldas analisa este ano as tabelas de quatro jornais nacionais: Público, Expresso, Diário de Notícias e Jornal de Notícias.
Mais uma vez, a Escola Secundária de Raul Proença está em destaque nos rankings escolares da maior parte dos jornais nacionais, sendo a escola mais bem classificada no distrito de Leiria. Os bons resultados voltam a ser partilhados com o Colégio Rainha D. Leonor, que numa das tabelas ocupa o primeiro lugar. Destaque ainda para a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, que no ranking do Expresso sobe 166 posições relativamente ao ano passado.

As direcções das duas escolas com melhores classificações mostram-se naturalmente satisfeitas com os resultados. José Pimpão, director da Raul Proença, que desde 2001 escolhe o Público como jornal de referência para analisar os rankings, congratula-se com o primeiro lugar do distrito, posição que a escola ocupa já há cinco anos. Mas salienta que os bons resultados da escola se devem ao mérito dos alunos e empenho de professores, e não deixa esquecer que na sua escola se realizam mais de 500 exames. “Se fizermos um ranking com as escolas do país com um número de exames nesta ordem, ficamos entre as 15 melhores”, sublinha.

Para o director, é importante ter consciência de que os rankings “não revelam toda a problemática que existe numa escola”, sobretudo no que diz respeito às escolas da rede pública. Além disso, “em escolas pequenas, com menos exames, e sobretudo nas privadas, começam já a ser usados truques para obter melhores classificações nos rankings”, aponta o professor. E dá exemplos: como os rankings se baseiam nos exames da primeira fase, algumas escolas estão a levar apenas os melhores alunos a esta primeira fase de provas. “E se há algum aluno que não é tão bom, liga-se para os pais a dizer que ele ainda não está preparado e que é melhor ir apenas à segunda fase”, afiança.

Por isso, José Pimpão recusa-se a encarar os rankings das escolas como espelhos fiéis da qualidade dos estabelecimentos de ensino. “Para as escolas públicas, que não precisam deste tipo de publicidade, o importante é podermos comparar os nossos resultados com escolas semelhantes às nossas”, acreditando que só assim faz sentido olhar para as tabelas.
Já a direcção do Colégio Rainha D. Leonor diz que “independentemente dos resultados, sentimo-nos satisfeitos por todo o trabalho efectuado na escola, pela credibilidade do mesmo e pelo sucesso que permite aos nossos alunos”. Considerando que a maior parte dos jornais deixa o colégio “fracamente reconhecido” no que diz respeito ao ensino secundário (uma vez que só três jornais colocam a escola no topo do distrito), a direcção salienta ainda a segunda melhor posição nos resultados do ensino básico, “tendo subido face ao ano anterior”.
É precisamente nos rankings do ensino básico que a D. João II surge em destaque, no primeiro lugar a nível concelhio e no quinto a nível distrital e na 131ª posição a nível nacional, de um universo de 1.295 escolas (dados do Público, que é o único jornal a diferenciar os dados do ensino básico).
O director da escola, Jorge Graça, diz que “os resultados obtidos devem-se ao bom desempenho dos alunos, ao empenho, dedicação e estabilidade do corpo docente”, aspectos aos quais se juntam “o papel relevante prestado pelo pessoal não docente e o acompanhamento dos pais e encarregados de educação”.

O ranking do Público
O Público foi, em 2001, o primeiro jornal a tratar a informação que o Ministério da Educação faz chegar em bruto às redacções dos órgãos de comunicação social nacionais. É por isso uma referência quando se fala de rankings, e é-o para a maioria da comunicação social regional e das escolas.
À semelhança do que tem feito noutros anos, o Público divide a classificação das escolas nacionais em várias tabelas e em vários rankings, que têm em conta variáveis como o nível de ensino, se a escola é privada ou pública e o número de exames.
No que diz respeito ao Ensino Secundário, o Público separa as escolas públicas das privadas e divide-as em três listas distintas. Baseamo-nos no ranking geral, que tem em conta a média das oito disciplinas mais concorridas.
No ensino público a Raul Proença é a primeira do distrito de Leiria, alcançando a 18ª posição, com uma média de 12,14 em 555 provas. Já a Bordalo Pinheiro surge no 350º lugar, com uma média de 9,71 em 140 exames.
Na região, a alcobacense D. Pedro I está no 53º lugar, seguindo-se a Secundária de Peniche na 70ª posição, a Josefa de Óbidos no lugar 205, a D. Inês de Castro de Alcobaça na 208ª posição, a Seundária do Bombarral no lugar 369 e a Escola Básica e Secundária de S. Martinho do Porto no n.º 381.
Já no ensino privado, o Colégio Rainha D. Leonor é também a melhor do distrito, no 46º lugar (média de 11,95 em 269 provas). Segue-se o Externato Cooperativo da Benedita no 54º lugar e o Externato D. Fuas Roupinho, na Nazaré, na posição 83.
No que se refere às 1.295 escolas básicas do país, a ordenação dos estabelecimentos de ensino é feita por distrito e concelho. Para esta análise, baseamo-nos no ranking que não tem em conta o número de provas em cada escola.
Assim, nas Caldas da Rainha temos a EB2,3 D. João II, no 131º lugar, com uma média de 3,31 em 192 provas. Segue-se o Colégio Rainha D. Leonor, no 203º lugar e com uma média de 3,18 em 251 provas. No lugar 222, com uma média de 3,15 em 164 provas, está a Raul Proença. A posição 252 cabe ao Colégio Frei Cristóvão (média de 3,11 em 81 provas). A tabela prossegue com a EBI de Santa Catarina, no lugar 411 (média de 2,96 em 124 exames). A EB de Santo Onofre está na posição 534, com uma média de 2,88 em 114 provas. Por fim, a Escola Rafael Bordalo Pinheiro, na posição 1.260, com um total de 38 provas e uma média de 2,18.

O ranking do Expresso

Na tabela do Expresso que se debruça sobre os resultados do Ensino Secundário, entram apenas as escolas onde se realizaram mais de 100 provas. Mas aqui é indiferente se a escola é pública ou privada.
Mais uma vez, a melhor posição (43º) é a da Raul Proença, com uma média de 12,13 em 694 exames. Segue-se, quatro lugares abaixo (posição 47), o Colégio Rainha D. Leonor, com 12,08 valores de média em 287 provas. A outra escola caldense na tabela é a Rafael Bordalo Pinheiro, no lugar 232 (média de 10,65 em 186 provas).
No mapa da região, destaque ainda para o Externato Cooperativo da Benedita (lugar 82), a Secundária de Peniche (lugar 93), a alcobacense D. Inês de Castro (218), o Externato D. Fuas Roupinho (255) e a Secundária do Bombarral (341).
No ranking do Ensino Básico do Expresso são considerados apenas os exames de Português e Matemática e aparecem apenas as dez melhores de cada distrito. Assim, no distrito de Leiria, surge a caldense D. João II na posição 4 (média de 3,39 em 178 provas), o Colégio Rainha D. Leonor (média de 3,23 em 243 provas) e a Frei Estêvão Martins de Alcobaça (média de 3,17 em 255 provas).

O ranking do Diário de Notícias

O Diário de Notícias usa como critério de ordenação das escolas as médias alcançadas pelos alunos nos 18 exames nacionais com mais provas realizadas. Nesta tabela não há indicação do número de exames realizados em cada estabelecimento.
Da amostra que analisamos este ano, DN é o único jornal onde o Colégio rainha D. Leonor surge acima da Raul Proença, sendo que ambas as escolas caldenses ocupam os lugares cimeiros no que se refere ao distrito de Leiria. O colégio surge na posição 49, com uma média de classificação nos exames de 12,05, sendo que a Raul Proença está no lugar 52, com uma média de 12,00. A Bordalo Pinheiro integra também esta lista, no lugar 315 e com uma média de 10,21.
Olhando para a região, o Externato Cooperativo da Benedita surge no lugar 97, a Secundária de Peniche no n.º 131, a D. Inês de Castro na posição 257, a Josefa de Óbidos no n.º 283, o Externato D. Fuas Roupinho na posição 321, a Secundária do Bombarral no lugar 399 e a EB com Secundário de S. Martinho do Porto na 469ª posição.

O ranking do Jornal de Notícias

O último ranking que analisamos é o do Jornal de Notícias, que tem por base os resultados a nota das oito disciplinas com o maior número de exames realizados, independentemente do número de provas.
A primeira escola caldense a aparecer é outra vez a Raul Proença, na posição 57 e com uma média de 12,14. Segue-se o Colégio Rainha D. Leonor no lugar 71 (média de 11,95) e a Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, na 451ª posição (média de 9,71).
Quanto às outras escolas da região, o Externato Cooperativo da Benedita volta a ser uma das melhores classificadas (lugar 106, média de 11,52), seguindo-se a D. Pedro I em Alcobaça (lugar 109, média de 11,49), a Secundária de Peniche (lugar 133, média de 11,28), o Externato D. Fuas Roupinho (lugar 275, média de 10,59), a Josefa de Óbidos (lugar 292, média de 10,51), a D. Inês de Castro (lugar 296, média de 10,51), a Secundária do Bombarral (lugar 474, média de 9,51) e a EB com Secundária de S. Martinho do Porto (lugar 486, média de 9,43).

Joana Fialho

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

UM MAR DE OPORTUNIDADES PARA EXPLORAR EM SÃO MARTINHO DO PORTO


No Dia do Mar defendeu-se que S. Martinho deve ter como público alvo os velhos ricos do Norte da Europa “porque velhos e novos pobres já nós temos em Portugal”


Do turismo aos desportos náuticos, da saúde e bem-estar pela água à gastronomia. Há um mar de oportunidades no mar de São Martinho. E para que o futuro da vila balnear seja próspero, é preciso que entidades públicas e privadas olhem com outros olhos para a baía.

A ideia não é nova, mas ganha agora um novo alento, quando tanto se discute se Portugal deve ou não voltar a virar-se para o Atlântico em busca de um futuro mais risonho que aquele que parece vislumbrar-se se continuar de costas para o mar, virado para a Europa. E na Concha Azul as sementes de um debate que promete juntar autarquia, associações, agentes económicos, população e forças políticas foram recentemente lançadas, no âmbito das Comemorações do Dia Mundial do Mar.

Nesse dia largas dezenas de pessoas compunham a plateia do salão do quartel dos bombeiros locais. Já pela mesa foram desfilando representantes de organismos com competência no domínio marítimo e no turismo, políticos e o ‘guru’ do ‘hypercluster do mar’, o economista Ernâni Lopes.

Ministro das Finanças entre 1983 e 1985, Ernâni Lopes diz que “no século XXI o maior factor estratégico será provavelmente os oceanos. Estamos a viver o início do que será uma relação mais estreita entre o homem e o mar”. Na sua visão, o mar é um “hypercluster” – “um conjunto de novas e velhas possibilidades”, um grande cluster que integra vários clusters, da náutica de recreio e turismo, passando pelos transportes marítimos, pela construção naval, pela pesca, aquacultura e indústria de pescado, pela produção energética, pelos serviços marítimos. E o economista defende que “é preciso uma abordagem holística: ou se resolve tudo, ou não se está a resolver nada”.

Ernâni Lopes conhece bem São Martinho do Porto e sabe que a ligação da vila ao mar é fundamental. “São Martinho foi durante muitos anos um local de férias, de embarcadiços e de alguma pesca”, mas a realidade actual é bem diferente. Com as acessibilidades rodoviárias que agora existem, a vila deixou de estar longe dos grandes centros urbanos, sobretudo de Lisboa. E o aumento da construção civil levou a “uma mudança inimaginável” nos últimos dez anos, com muita gente a adquirir ali a sua segunda residência. E aqui, um dos alvos é claro: “velhos ricos do Norte da Europa, porque velhos e novos pobres já nós temos em Portugal”.

São Martinho do Porto tem, por isso mesmo, que aproveitar as suas mais-valias para vingar, a começar pelo facto da baía ser um fenómeno natural único. “A pesca artesanal é uma chave para o futuro”. E porquê? Porque o peixe que ali se come “não é peixe, é uma iguaria” que não se encontra em muitos lados e cujo valor acrescentado deve ser salvaguardado. “Por amor de Deus, não a deixem proletarizar. Deixem os pescadores ganharem dinheiro e eles que vendam o peixe mais caro porque o consumidor vai pagar”, apelou.

Segue-se a articulação entre o mar e o turismo. “São Martinho tem que estar, e não está, ligado a Alcobaça, Nazaré, Óbidos, Aljubarrota (campos de São Jorge), Batalha, Fátima, Ourém. Isto nunca aconteceu porque cada um olha para o seu mini-umbigo. Talvez não acontecesse se olhassem para a sua micro-geoestratégia”.

O futuro, acredita o economista, passa ainda pela valorização da náutica de recreio e do turismo. E para que os atractivos sejam mais que as águas da Concha Azul e o areal, há que investir no ensino de vela, de remo, apostar na natação nas escolas. Para que se alcance o sucesso, “tem que haver congregação dos vários parceiros em jogo”. É que “entre o bidé das marquesas e a praia das tias, as condições estão cá”. E isto ganha uma importância crescida numa altura em que “estamos a jogar o futuro de Portugal no mar”.
É preciso ter mais que mar para oferecer
O que pode ser feito em São Martinho é algo que ainda dará azo a muita discussão. Mas todos os intervenientes de um longo dia de debate foram unânimes: é preciso ter mais que mar para oferecer.

Assunção Cristas, deputada eleita pelo CDS-PP à Assembleia da República, deu o exemplo: se tivesse um amigo estrangeiro que viesse passar uma semana consigo a São Martinho, o que havia para o entreter além da praia? O que se pretende não é que ele passe um ou dois dias deitado ao sol e que depois vá para Lisboa ou para o Algarve. O ideal seria que ele fosse, quanto muito, uma ou duas manhãs conhecer algumas atracções no Oeste, mas que depois voltasse para São Martinho, atraído por diversas actividades. Uma situação ideal, que está longe da realidade actual.

Acreditando que “o mar deve ser um desígnio nacional”, a deputada centrista defendeu que a relação com o mar “foi o que justificou a nossa independência, garante da nossa História e é aquilo que nos pode projectar para o futuro”. Mas para que isso aconteça, é preciso que os portugueses estabeleçam uma nova relação com o oceano, que vá além do quanto sabe bem estender-se ao sol nos dias de Verão. “O desafio é tirar as pessoas da praia e levá-las para o mar. Isto passa também pela educação e formação para o mar”.

Já o colega social-democrata, Paulo Santos, apontou que o potencial náutico de São Martinho não pode ser esquecido quando se pensa no futuro. E para que este se afirme como um destino turístico de referência “devemos reclamar para a região equipamentos de referência”. O deputado do PSD acredita que “São Martinho tem todas as condições para acolher um projecto-âncora nesta matéria”, um investimento que não deve depender, pelo menos não exclusivamente, de financiamento público.

A possibilidade da vila vir a ter uma marina foi por diversas vezes levantada. Mas há um projecto aprovado para a Nazaré e em Peniche fazem-se planos para requalificar a existente. E em tão poucos quilómetros de costa “há espaço para tanta marina?”, questionou Jorge Gonçalves, em representação dos deputados socialistas eleitos à Assembleia da República pelo distrito de Leiria.

Para o socialista, o futuro faz-se, também, pela defesa das estruturas existentes, como o porto de recreio. E se é certo que “o mar vai continuar a dar importância à região, a questão da sazonalidade é um problema difícil de ultrapassar”. Para que se consiga chegar a bom porto, é preciso levar em linha de conta a actividade piscatória. O deputado conhece bem o “cenário preocupante em que o sector se encontra actualmente na região”, e sabe que em São Martinho não há grande tradição nas pescas. “Mas havendo recursos marinhos cada vez mais escassos, esta poderia também ser uma zona propícia à aquicultura”.

Cientes de que nada pode avançar sem os devidos estudos, os deputados são ainda unânimes num outro ponto: o desenvolvimento aliado ao turismo deve ser sustentável. Neste contexto, a Linha do Oeste e a abertura da base aérea de Monte Real ao tráfego civil são consideradas cruciais por Heitor de Sousa, do Bloco de Esquerda. A linha ferroviária que serve a região é “uma das mais moribundas na rede ferroviária nacional” e “a sua modernização é extremamente fundamental para o desenvolvimento da região”.

Devidamente requalificada, a Linha do Oeste seria a ideal para fazer a articulação com a base aérea. A sua utilização civil viria colmatar a lacuna deixada na região pela deslocalização do novo aeroporto para Alcochete e seria importante para captar os voos low cost, cada vez mais utilizados pelos turistas, até mesmo aqueles que têm maior poder de compra.

As possibilidades são muitas e será preciso muito tempo para as discutir e estudar. “Temos uma absoluta necessidade de potenciar outras vertentes que não as da praia”, apontou o presidente do Turismo do Oeste, António Carneiro. Se durante muito tempo a imagem do país assentou em “sol e praia”, o que hoje se vende lá fora é “sol e mar”, com enfoque nos desportos náuticos, na cultura piscatória, no contacto com a natureza.

A própria estratégia da região de turismo passa pelo mar e pelos seus produtos, aos quais se juntam o golfe e o turismo residencial como principais atractivos. Urge romper com os erros do passado e lavrar novos caminhos. É que “ao longo do século XX a imagem da região esteve muito centrada nas estâncias balneares convencionais”, apontou António Carneiro.



Joana Fialho

jfialho@gazetacaldas.com

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Esgotos “inundam” São Martinho

Setembro 16th, 2010 in Jornal das Caldas. Edição On-line Sem Comentários

O Movimento São Martinho do Porto para Caldas da Rainha denunciou a descarga de efluentes domésticos que saiu de tampas de esgoto em vários pontos da vila, no passado dia 4.
Segundo o movimento, a “inundação de efluentes domésticos” teve lugar pelas 14h no Cais, Avenida Marginal e Casal dos Medãos.
Fomos contactados por cidadãos locais, muito indignados com mais este atentado à Baía de São Martinho do Porto. De imediato foram por nós alertadas as entidades competentes, locais e municipais, bem como a própria Polícia Marítima, que esteve no local”, refere.
O movimento culpabiliza “a construção desenfreada”, sustentando que “as infra-estruturas existentes não estão dimensionadas para tamanha falta de planeamento e ordenamento”.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DO MAR


PROGRAMA:
9h30: Recepção dos participantes
9h45: Sessão de Abertura
- Presidente da Direcção do Clube Náutico
- IPTM
- Presidente da CMA
- SET

10h30: Os projectos para o Porto de São Martinho do Porto e campos de Alfeizerão.
- As opções dos técnicos e dos políticos.
- Professor Carlos Moura Martins.

11h15: Coffee Break

11h30: Desenvolvimento Económico e Social – A Pesca e o Turismo Náutico (perspectiva histórica)
- Professor Eduardo Gonçalves Rodrigues

13h00: Almoço

13h30: Regata

APOIOS
PATROCÍNIOS
ENQUADRAMENTO

O Dia Mundial do Mar, criado pelo Conselho de Administração da Organização Marítima Internacional (IMO), foi comemorado pela primeira vez a 17 de Março de 1978, durante a Convenção da Organização Marítima Consultiva Intergovernamental (IMCO), repetindo-se todos os anos.

Actualmente, a comemoração decorre na última semana de Setembro, cabendo a cada Governo determinar o dia exacto em que é celebrado. Esta data é destinada a chamar a atenção para a importância da navegação segura, da segurança marítima e do ambiente marinho e para enfatizar o trabalho da Organização Marítima Internacional.

O Dia Mundial do Mar de 2010 será a 23 de Setembro, subordinado ao tema "Ano do Marítimo", decorrendo as celebrações desde o dia 18 até 30 de Setembro.

No Programa Geral anunciado pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, IPTM, constam diversos eventos, destacando-se uma “Sessão Comemorativa” e uma “Jornada Temática” em Paço de Arcos no dia 23, uma outra em Almada, entre os dias 20 e 24, bem como, um “Congresso” no Seixal entre os dias 23 e 25 e mais uma “Jor-nada Temática” no dia 30 de Setembro em Penafiel.

15h00: 1º Painel - Planeamento e desenvolvimento das infra-estruturas portuárias.
- Turismo do Oeste (a confirmar).
- Associação de Portos e Marinas de Recreio (a confirmar)
- IPTM (a confirmar)

16h00: 2º Painel - Programas e Políticas para o desenvolvimento de São Martinho do Porto e da Região Oeste.
- Deputados dos partidos com assento parlamentar

17h15: Coffee Break

17h30: Hypercluster do Mar
- Professor Ernâni Lopes

18h30: Sessão de encerramento
- Presidente da Mesa da Assembleia-geral do Clube Náutico
- Presidente da JFSMP
- Presidente da ARH – Tejo (a confirmar)
- SEDAM (a confirmar)

19h00: Entrega de prémios da Regata
- Entrada livre sujeita a inscrição prévia, limitada a 250 pessoas:
- Clube Náutico de São Martinho do Porto

Tel.: 262980290
http://www.cnsmp.org/

 
A RAZÃO DE SER
A comemoração do Dia Mundial do Mar em São Martinho do Porto pretende inserir-se no programa nacional de comemorações promovidas pelo IPTM.

Neste contexto pretende aliar-se uma abordagem do Mar, do Marítimo que desde tem-pos antigos se dedicou à Pesca, hoje em pequena escala, mas que teve e continua a ter um peso significativo no contexto social e económico da população de São Martinho do Porto, a uma visão do Mar, da Baía e das Actividades Náuticas, como uma vertente do desenvolvimento turístico da Região Oeste, que cada vez mais poderá abrir portas para o futuro.

Alcobaça perdeu o Porto de Paredes da Vitória mas soube ao longo da história reco-nhecer a importância do Porto de São Martinho, o qual, face aos desafios e potenciali-dades que o Mar nos coloca e nos oferece, necessita da requalificação das infra estru-turas portuários, da criação de ancoradouros cómodos, funcionais e com a segurança que estas actividades exigem, aliados a serviços de apoio.

Isto, para além de cumprir a sua função, permitiria libertar o espelho de água para o desfrutar em pleno, desenvolver actividades recreativas e desportivas, que a par de outros equipamentos que naturalmente surgirão nas freguesias de Alfeizerão e São Martinho do Porto, irá garantir a sustentabilidade de toda esta zona, contrariando uma sazonalidade, cada vez mais encurtada no tempo.



COMEMORAÇÃO DO
DIA MUNDIAL DO MAR

SÃO MARTINHO DO PORTO
“DO MARÍTIMO DE ANTIGAMENTE
AO MARÍTIMO DOS NOSSOS DIAS”


18 de Setembro de 2010
Iniciativa integrada no programa do IPTM



A criação de empregos directos e indirectos pelo surgimento de actividades e empre-sas relacionadas com estas actividade, o suporte que constituirá para o turismo, substi-tuindo-se à construção como pilar do desenvolvimento sustentável desta região, e motor da qualificação de São Martinho do Porto.

Permitirá divulgar uma estratégia de desenvolvimento económico e turístico da Vila, do Concelho e da Região relacionado com a aposta nas actividades relacionadas com o Mar.

A presença de individualidades, membros do governo, deputados, autarcas, responsá-veis políticos e dirigentes de será uma oportunidade ímpar para firmar um compromisso com uma estratégia de desenvolvimento intimamente ligada ao Mar.

OBJECTIVOS

A Comemoração do Dia Mundial do Mar em São Martinho do Porto pelo Clube Náutico pretende mostrar a sua capacidade para realizações diversificadas relacionadas com o Mar, para além dos tradicionais eventos, apresentar-se como parceiro, capaz de assu-mir a gestão do Porto, de liderar projectos de formação ao longo do ano com as Esco-las e organizar eventos desportivos a nível nacional e internacional.
Comprometer todas as entidades, Governo, Autarquias, Organismos da Administração Pública, sectores de actividade e população em geral, com um único objectivo – PORTO DE PESCA / PORTO DE RECREIO – com o desenvolvimento de São Martinho do Porto.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA sobre a Gruta de Salir do Porto no Centro Cultural e Recreativo de Salir do Porto

Setembro 9th, 2010 1 Comment

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Gruta de SalirAté final de Setembro, decorre no CENTRO RECREATIVO E CULTURAL DE SALIR DO PORTO uma Exposição Fotográfica sofre esta autêntica maravilha da Natureza.
As visitas poderão ser feitas todos os dias da semana das 13: 00 horas às 23:00 h
A gruta de Salir do Porto é considerado tanto pelos entendidos como pelos “leigos” que a visitaram, como uma das grutas mais bonitas de Portugal a nível de formações: Estalactites, Estalagmites, Rebentos de Soja, Dentes de Tubarão, Excêntricas, Couve-flor, Cara de Bacalhau, Coro netos, e outros…mas, nada melhor de que visitar a nossa exposição e…“Comprovar com os vossos olhos, aquilo que as palavras dificilmente podem descrever”
A organização desta EXPOSIÇÃO é do ADN- Amigos da Natureza das Caldas da Rainha* e conta com o Apoio da CAMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA e a colaboração do Centro Cultural e Recreativo de Salir do Porto e da Junta de Freguesia de Salir do Porto * Departamento Técnico da Escola de TAEKWON-DO/TAO CHUNG SIN-DO das Caldas da Rainha.
…um pouco sobre SALIR DO PORTO
Noticiar esta Exposição e não escrever um pouco sobre a freguesia de SALIR DO PORTO, seria quase um “crime” para esta terra e para as suas simpáticas gentes…
SALIR DO PORTO é sede de Freguesia e faz parte do concelho das Caldas da Rainha e faz extrema com S. Martinho do Porto (concelho de Alcobaça).
Partilha com S. Martinho do Porto, a ”Aberta” conhecida como “Concha de S. Martinho do Porto…” e apesar de não ser tão conhecida como esta, não deixa de ter uma identidade muito própria, devido às muitas diversas particularidades que tornam SALIR DO PORTO um local único…
Como esquecer a paisagem e a extraordinária “caixa de ar” que rodeia SALIR DO PORTO e que faz com que todos os que nos visitam, vão maravilhados com a sua pequena Praia e com os ademais locais propícios à prática de Desportos de Aventura, tais: Rappel, Escalada, Espeleologia e outros afins…
Não acredita!? Vejamos: A “Praia do Rio” que em tempos atrás foi navegável; a Duna de Areia maior da Europa, com mais de 100 metros de altura por 200…de comprimento; “Pocinha” que, segundo testemunhos dos mais antigos, a sua água possui diversos efeitos benéficos para a saúde; as antigas ruínas da Capitania e do ANTIGO PORTO DE MAR, as ruínas da ANTIGA CAPELA no alto do promontório, onde ainda não à muitos anos, se faziam romarias religiosas, com o fim de pedir a “protecção Divina” para as suas gentes que trabalhavam no Mar…; a “Praia dos Seixos” e as suas Falésias junto á “aberta” com locais extraordinários para a Prática de Escalada e Rappel; AS PEGADAS DOS DINOSSAUROS, e o Ex-libris desta terra; a GRUTA DE SALIR DO PORTO e outros.
Servida por boas estradas, a destacar a A8, esta simpática localidade, distante de São Martinho do Porto (02k), Caldas da Rainha (12 Km),Foz do Arelho (10 k), Leiria capital de distrito (50k), Nazaré (15k), Alcobaça (Benedita (15) (12k), Rio Maior (35k), Santarém (60k), e Lisboa (80), Salir do Porto tem a particularidade de ser uma pequena localidade onde todos os visitantes que preferem umas férias descansadas fora da azafama dos grandes centros, à paz e tranquilidade; não deixando no entanto por isso quase de tudo um pouco, a destacar; Alojamentos Rurais, Piscina, Discoteca, Snack-Bares, Restaurantes, Cafés, Clube Recreativo, Internet, Caixa Multibanco e Telefone Público.
Com tudo “isto”, só posso dizer mais! Venha de por um dos muitos motivos conhecer SALIR DO PORTO e não se arrependerá.
Nota BREVE: A gruta de Salir poderá ser visitada de forma limitada… por adultos e jovens a partir dos 10 anos de idade em Regime e Exploração e Aventura. Para mais informações, contactar: 913 538 427 ADN- Amigos da Natureza* Técnicas de Manobras em Cabo e Resgate
(M. António Eusébio)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PODER FATAL: com Alcobaça tudo se perde

Caldas da Rainha acolhe empresa inovadora de trabalhos subaquáticos

A «Gazeta das Caldas», na sua edição de 13 de Agosto de 2010, noticiava, no espaço “Vida Comercial”, o acolhimento e a instalação no município de uma nova “empresa tecnologicamente avançada, dedicada às inspecções e aos trabalhos subaquáticos com robots”.

Esta empresa, da iniciativa de dois jovens empresários portugueses, apresentou, antes, uma proposta à Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) para se instalar em São Martinho do Porto, a qual não mostrou interesse no projecto. Ao invés, segundo a notícia, “nas Caldas da Rainha abriram-se-lhes as portas de uma forma que nem eles próprios imaginavam”.

Em nosso entender, tendo em conta a actividade desenvolvida e as características da terra, esta empresa poderia vir a ser uma enorme mais valia para a São Martinho ao nível das novas tecnologias ligadas ao meio-ambiente marítimo, do emprego, da divulgação da terra, entre outras.

A Freguesia de São Martinho do Porto apenas interessa à CMA enquanto espaço destinado ao betão, aproveitado ao milímetro, com todas as mais-valias (licenças, taxas, IMI’s, etc.) que daí resultam. Quem continua a aproveitar e a beneficiar desta situação?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

ESTAÇÃO PARA TRATAR EFLUENTES SUINÍCULAS ESTÁ ATRASADA

Garantia da trevoeste à imprensa

A conclusão da estação de tratamento de efluentes suinícolas de São Martinho do Porto está atrasada um ano, disse o vice-presidente da Trevoeste, empresa de tratamento e valorização de resíduos pecuários, emdeclarações à Lusa, e citado em vários órgãos de comunicação social.
“A obra está suspensa este mês para férias, mas está a sofrer um atraso de um ano devido a diferendos com o consórcio construtor exclusivamente relacionados com questões técnicas”, afirmou àquela agência Pedro Alves, que se escusou a adiantar pormenores.
Pedro Alves reconheceu que a estação de tratamento deveria estar em funcionamento em junho do ano passado, recusando também dar um novo prazo para a conclusão do investimento, de cerca de 6,5 milhões de euros.

MUNÍCIPE DENUNCIA DESCARGAS ILEGAIS EM RIO

Serviço de protecção do ambiente da gnr investiga situação entre cela e alfeizerão

A denúncia partiu de Filipe Inácio, munícipe indignado com aquilo que assegura serem várias descargas de uma produção de suinicultura no afluente da Ribeira de Alfeizerão entre a Macalhona e a Junqueira. No
local, o REGIÃO DE CISTER comprovou a poluição e o mau cheiro provenientes da água.
“Já fiz várias denúncias à GNR, mas continua a haver as descargas para o rio”, refere Filipe Inácio.
O proprietário da suinicultura em causa já faleceu e os filhos estão emigrados. O negócio estará nas mãos de terceiros,que arrendaram o espaço. Apesar das tentativas, não foi possível ouvir a sua versão.
Fonte do Gabinete de Relações Públicas da GNR disse ao REGIÃO DE CISTER que o proprietário já foi identificado por aquela força de segurança, tendo os autos sido já enviados para os responsáveis, que terão agora de efectuar o pagamento de uma coima.
Hermínio Rodrigues, vereador do pelouro do Ambiente na Câmara de Alcobaça diz desconhecer a situação. O rio em causa desagua na baía de São Martinho do Porto. As descargas ilegais de suiniculturas continuam a ser uma realidade em algunsmunicípios do País. O do distrito que mais vezes foi notícia nos últimos tempos por essa situação foi Leiria, com prejuízos ambientais para o rio Lis.

texto ana ferraz pereira

domingo, 5 de setembro de 2010

MAIS UM "BANHO DE EFLUENTES" PARA A BAÍA DE SÃO MARTINHO DO PORTO



No passado sábado, dia 4 de Setembro de 2010, por volta das 14 h verificou-se mais uma "inundação" de efluentes domésticos em vários pontos: Cais, Avenida Marginal e Casal dos Medãos (como testemunham as fotografias em anexo). Fomos contactados por cidadãos locais, muito indignados com mais este atentado à Baía de São Martinho do Porto.
De imediato foram por nós alertadas as entidades competentes, locais e municipais, bem como a própria Polícia Marítima, que esteve no local.
A construção desenfreada, que em grande medida sustenta a Câmara Municipal de Alcobaça (CMA), continua a destruir o ambiente e o turismo locais. As infra-estruturas existentes não estão dimensionadas para tamanha falta de planeamento e ordenamento. Onde são aplicados os onerosos impostos municipais de águas e saneamento cobrados nesta localidade? Enquanto a CMA continua de taxas e licenças, a população de São Martinho continua a viver, directa e indirectamente, da baía.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

QUE PLANOS TEM PARA A LINHA DO OESTE?

GAZETA DAS CALDAS - Que planos tem para a linha do Oeste?

JOSÉ BENOLIEL - No curto prazo, vamos continuar a monitorizar a procura e a promover o serviço, tirando o máximo partido das condições actuais da infra-estrutura e do material circulante disponível. Manter a estratégia de parcerias com eventos locais, no presente caso com Óbidos, associando o transporte ferroviário aos eventos o que tem dinamizado a procura e a divulgação do serviço. E a divulgação de pólos de atracção naturais, como a Praia de S. Martinho do Porto com uma componente sazonal muito vincada, é outra estratégia que tem sido seguida.
Já a longo prazo, estamos a colaborar com a Refer no projecto de modernização da linha, no qual se estão a estudar cenários de exploração e de intervenções na infra-estrutura necessários, que permitam avaliar o montante de investimentos que permitam dotar a linha do Oeste de uma capacidade competitiva com outros modos de transporte.

GAZETA DAS CALDAS - Um upgrade no conforto do material circulante - uma vez que não consegue aumentar a velocidade - não poderia traduzir-se numa maior captação de clientes?

JB - Quando, por exemplo, o tempo de deslocação entre Lisboa e Torres Vedras de carro é de 30 minutos e o comboio demora o dobro do tempo, mesmo comparando com o autocarro que demora cerca de 45 minutos, dificilmente o upgrade no conforto se traduz numa maior captação de clientes que justifique o investimento. Hoje em dia, numa cidade como Torres Vedras que já apresenta um fluxo pendular significativo sobre Lisboa, os clientes do transporte público exigem tempo de deslocação baixo e frequência. De que adiantará melhorar o conforto se não é possível oferecer simultaneamente baixos tempo de deslocação e frequência de serviço?

GAZETA DAS CALDAS - A CP considera, então, que sem intervenção da Refer, sem mexer na infra-estrutura, não pode fazer melhor?

JB - É muito difícil fazer melhor, não só pela infra-estrutura, mas também pelo tipo de mobilidade existente na linha. No passado o caminho-de-ferro foi estruturante para a região, servindo não só os principais aglomerados populacionais, mas também todo um conjunto de pequenas povoações que existiam e cresceram ao longo da linha.
Todo o desenvolvimento rodoviário centrou-se na aproximação das grandes cidades, pelo que, para que o comboio possa competir com a auto-estrada, terá que ser frequente e directo. Mas para conseguir essa performance numa linha de via única, o serviço regional de curta distancia teria que ficar inviabilizado, deixando ao abandono povoações que continuam a apoiar-se no caminho-de-ferro. Ou seja, poderíamos fazer melhor, mas teríamos que abandonar o serviço de curta distância.
Compete ao caminho-de-ferro e aos governos investir para recuperar a "noiva"

GAZETA DAS CALDAS - A linha do Oeste já foi estruturante. Neste momento não é. As pessoas estão divorciadas da linha. Quem tem menos de 40 anos nem considera sequer que o comboio existe...

JB - A linha do Oeste, tal como a maior parte das linhas da rede ferroviária nacional, foi projectada e construída há mais de 100 anos. Nesse tempo, as linhas ferroviárias serviam para desbravar o país e praticamente como único meio de deslocação de média ou grande distância. Desta forma, não foi só a linha do Oeste, mas todas elas que foram estruturantes para as regiões em que se inseriam.
A partir dos anos 80 a motorização em Portugal aumentou significativamente ao mesmo tempo que foram construídas estradas e auto-estradas a ligar os principais centros urbanos.
Assim, os mais novos cresceram num mundo novo, onde o modo de transporte rodoviário foi sendo cada vez mais cómodo, rápido e exaustivamente aliciado por via da publicidade que os fabricantes de automóveis fizeram.
Eu diria que não ocorreu um "divórcio", mas outros "casamentos" de gerações que cresceram em ambientes completamente diferentes.
Compete ao caminho-de-ferro (e aos governos) investir para recuperar a "noiva", demonstrando-lhe as vantagens dos seus atributos em termos de ambiente, economia, segurança e conforto

GAZETA DAS CALDAS - Por que motivo a linha está partida ao meio, com transbordos nas Caldas, em vez de se considerar todo o eixo Oeste como um só corredor ferroviário que una Lisboa a Coimbra através de Torres Vedras, Caldas, Marinha Grande e Leiria? Não são cidades com mercado potencial interessante a rebaterem sobre Lisboa e Coimbra?

JB - Caldas da Rainha marca uma fronteira muito clara sob o ponto de vista da procura, em que existe uma redução muito acentuada do troço a Norte quando comparado com o troço a Sul. Esta separação é também visível pela oferta de comboios que também é mais reduzida entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz.
Já a descontinuidade do serviço entre a norte e sul é essencialmente teórica. Na maior parte dos casos é a mesma automotora que efectua o serviço de continuidade correspondendo o tempo de paragem nas Caldas da Rainha a uma paragem técnica para assegurar as correspondências e cruzamentos.

GAZETA DAS CALDAS - Desculpe interromper, mas isso não é, de todo, verdade. Só há um único caso em que isso acontece. E é essa mudança de automotora que as pessoas não entendem e desencoraja o uso do modo ferroviário.

JB - Existem efectivamente alguns constrangimentos que dão a percepção de não continuidade, como sejam o reabastecimento de combustível e a limpeza que são efectuados nas Caldas da Rainha, bem como a acoplagem ou desacoplagem de unidades para circulação em múltipla.
São operações que, por motivos de segurança, obrigam em algumas situações que se efectuem sem passageiros a bordo criando um desconforto equivalente a um transbordo.
É claro que será sempre desígnio da CP que estas operações sejam efectuadas tanto quanto possível nas estações terminais, mas existindo a obrigação de uma paragem técnica que permita a operação, então esta será optimizada.
Aprofundando um pouco mais: a linha do Oeste é uma linha em via única, onde as estações que possibilitam o cruzamento de comboios não estão regularmente distribuídas ao longo da linha (impedindo uma optimização do serviço) e onde as correspondências em Meleças e na Bifurcação de Lares para as ligações a Lisboa e Coimbra condicionam os horários.
É claro que se poderia introduzir artificialmente a continuidade de serviço tornando os comboios mais lentos de forma a eliminar os tempos de paragem nas Caldas da Rainha, mas não foi essa a opção porque a procura da continuidade de serviço não era significativa ao ponto de sacrificar a centralidade das Caldas da Rainha como gerador de tráfego.

GAZETA DAS CALDAS - Como se podem entender essas dificuldades se a Refer afirma que a linha só tem 52% de taxa de ocupação?

JB - É importante compreender como se chega a essa "média estatística": a capacidade da linha é determinada para uma utilização intensiva de 20 horas diárias (quatro horas são reservadas para a manutenção da linha sempre que necessário). No entanto, ao longo do dia, só no início da manhã e no final da tarde é que a linha tem uma utilização maior, o que naturalmente vicia uma leitura apressada dessa média.
De facto, a capacidade excedentária existe, mas em momentos do dia em que não existe procura.
Mas deixe-me explicar aos seus leitores um pouco melhor as dificuldades da via única.
Se num troço de via única com três pontos de cruzamento consecutivos A, B e C em que o tempo de viagem entre A e B é de 20 minutos, e o tempo de viagem entre B e C é de 15 minutos, podemos alternar a circulação dos comboios entre A e B cada 20 minutos, ou seja teríamos um comboio em cada sentido de 40 em 40minutos, cruzando entre si nos pontos A e B cada 20 minutos.
Mas esta cadência obrigaria também ao cruzamento dos comboios no ponto C, que para se realizar (admitindo a continuidade da via única além deste ponto) imporia que o tempo de viagem entre B e C, apesar da menor distância, fosse também de 20 minutos, portanto mais lento, ou que os comboios no ponto C estejam 5 minutos em "paragem técnica" a aguardar o cruzamento.
Por isso mesmo, os actuais estudos de linhas ferroviárias de via única, novas ou de renovação, têm associado o projecto de exploração, com pontos de cruzamento optimizados e distâncias, medidas em tempo de viagem, regulares entre si, de forma a optimizar a exploração e os investimentos na infraestrutura.
AS UNIDADES DE NEGÓCIOS NÃO SÃO FEUDOS

GAZETA DAS CALDAS - A linha do Oeste é um feudo da CP Regional? O que decide que uma determinada linha seja também usada pela CP Longo Curso?

JB - Na CP não existem feudos, apenas unidades de negócio que de uma forma coordenada entre si tentam tirar o máximo partido das potencialidades de procura do serviço ferroviário. E no caso da linha do Oeste não existe procura suficiente para uma segmentação da oferta com dois tipos de serviço diferentes, Regional e InterCidades.

GAZETA DAS CALDAS - O que impede a CP de afectar ao Oeste a frota de Intercidades que estavam a fazer Évora e Beja? Tinham aqueles dois destinos mais mercado do que a totalidade das estações do Oeste?
JB - É verdade que o litoral apresenta um mercado potencial elevado com uma maior concentração de população, e isso é conhecido e repetido várias vezes, mas também não deixa de ser verdade que todo o litoral recebeu fortes investimentos em infra-estrutura rodoviárias e continua a receber.
A A8 está actualmente em obras de alargamento entre Lisboa e a Malveira, e já tem continuidade para Norte. Não se trata de potencial do mercado, mas sim da capacidade competitiva da ferrovia perante a rodovia. Voltamos por isso ao início da nossa conversa, em que toda uma geração cresceu à volta da rodovia e da liberdade da auto-motorização, a qual beneficiou o transporte público rodoviário, remetendo o serviço ferroviário, de eleição para o transporte de massas e de medias e longas distâncias para o serviço regional de baixa procura e curta distância. O que só vem justificar uma vez mais o desenvolvimento do projecto, que está a ser desenvolvido pela Refer com o apoio da CP, de modernização da linha ferroviária do Oeste.
GC - Pediu autorização à tutela para dar esta entrevista?

JB - Não. Não me sinto constrangido ao ponto de não poder dar uma entrevista a quem quer que seja. O que são precisos nas empresas são gestores e não pessoas com receio de tudo e mais alguma coisa.

Palavras-chave linha do Oeste presidente da CP José Benoliel