sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A DRAGAGEM DA BAÍA Jornal Caldas

O Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, I.P. (IPTM), aprovou o Processo de Concurso Público para a empreitada de Dragagens de Manutenção da Baía de S. Martinho do Porto.
Esta intervenção, cujo investimento será de cerca de 440 000 euros, irá repor as condições de transposição da barra e canal de acesso ao cais.
A realizar num período de três meses, a empreitada prevê a dragagem na zona da barra à cota de -4m, numa extensão de 60 metros, com uma largura de 40 metros, associado a um canal 90 metros de comprimento e 40 metros de largura, à mesma cota.
A partir da barra será dragado para o interior da baía um canal de acesso ao cais, numa extensão de 300m por 40m de largura de rastro, à cota de -3m, associada a uma pequena bacia de estacionamento, junto ao cais, dragada a -2m.
Estas dragagens, totalizarão cerca de 31 500m3 de areias e siltes, a imergir ao largo.

In jornaldascaldas.com

1 comentário:

  1. Esta intervenção já peca por tardia, isto na suposição de que a dragagem se irá iniciar bem antes da entrada da baía e que todas as conequências sejam ponderadas, mas poderá ser "um pau de dois bicos".
    Uma das razões do assoreamento da baía, e talvez a razão principal para a existência da baía como a conhecemos hoje, remonta à época dos descobrimentos, quando a "baía" se estendia até próximo de Alfazeirão. Quando as embarcações entravam na baía, retiravam lastro para poderem navegar nas águas mais baixas do lago interior, lastro esse composto por rochas. Com o decorrer dos longos anos em que a navegação se efectuou, séculos XV e XVl essencialmente, o fundo da entrada da baía foi ficando "entulhada" com a rocha proveniente da deslastragem das embarcações, o que provocou a retenção das areias no interior da baía e o consequente assoreamento da mesma pelo curso de água que aí desagua.
    Veremos qual vai ser a consequência do canal que irá ser aberto. Na pior das hipóteses a extensão do areal da praia reduzirá drasticamente.
    Esperemos para ver.

    Cumptos.
    O.Tomaz

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