quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

SÃO MARTINHO DO PORTO NAS CALDAS?

SÁBADO, 28 DE AGOSTO DE 2010
São Martinho do Porto é uma povoação balnear confusa, mal cuidada, mal urbanizada, que deve servir à câmara de Alcobaça para dizer que tem uma praia cosmopolita sem conseguir ter da câmara de Alcobaça a atenção e o cuidado que devia ter. Os arranha-céus à beira-mar, a criação de uma avenida sem árvores junto à praia e o cáotico trânsito no interior da povoação têm um ar "algarvio" (do pior...) que já não é tolerável nos nossos dias.
Esta situação está, em parte, na origem do movimento São Martinho Para Caldas, que preconiza a (re)integração da freguesia de São Martinho do Porto no concelho de Caldas da Rainha, cidade de que São Martinho está efectivamente mais próxima, sob todos os pontos de vista, do que Alcobaça. (O movimento tem este blog, cuja visita se recomenda.)
São Martinho do Porto e a sua população ganhariam com a troca, de Alcobaça para as Caldas? Talvez. Caldas da Rainha ganharia com a entrada de São Martinho? De certeza! Alcobaça perderia com a saída de São Martinho? Era bem feito!
Sem me pronunciar, digo apenas que gostaria de encontrar em São Martinho do Porto uma povoação visualmente e urbanamente mais acolhedora...

Movimento defende passagem de S. Martinho do Porto para Caldas da Rainha

Publicado por JN em 2012-01-17

Um abaixo-assinado reclamando a passagem de S. Martinho do Porto, em Alcobaça, para o concelho das Caldas da Rainha está a ser promovido por um movimento cívico que considera a reforma administrativa a "derradeira oportunidade" para a mudança.

"A reforma administrativa é o momento oportuno e a derradeira oportunidade para que a freguesia volte a ser integrada nas Caldas", disse à António Costa, do Movimento São Martinho para as Caldas.

O movimento, que no último ano vem reclamando a passagem de S. Martinho do Porto do concelho de Alcobaça para o das Caldas da Rainha, tem a circular um abaixo-assinado através do qual pretende angariar "mais de quatro mil assinaturas para entregar na Assembleia da República (AR)", explica o mesmo responsável.

O documento, a que a Lusa teve acesso, defende que "a actual divisão administrativa, não corresponde aos legítimos direitos, interesses e vivências da população", a qual, apesar de pertencer ao concelho de Alcobaça, "faz toda a sua vida em íntima e permanente ligação com Caldas da Rainha".

O movimento considera haver uma "estreita" ligação a Caldas da Rainha em termos de "trabalho, economia, saúde, educação, cultura, desporto e tempos livres", ao contrário do que acontece com Alcobaça onde os habitantes "só se deslocam por razões e obrigações administrativas".

A falta de ligação à sede do concelho, poderá ainda acentuar-se, segundo António Costa, "se acabarem com o serviço de passageiros a Linha do Oeste", já que, "quando terminam os transportes escolares, ficamos sem qualquer transporte público para Alcobaça".

A "contiguidade territorial" da baía de S. Martinho do Porto com a praia de Salir do Porto (freguesia das Caldas da Rainha) é outros dos argumentos do abaixo-assinado que aponta a "a separação administrativa das duas freguesias" como tendo" prejudicado gravemente o desenvolvimento e a resolução dos problemas comuns, como o desassoreamento e a despoluição, em particular, e o progresso sustentado e sustentável das duas localidades".

Considerando ainda que a permanência no concelho de Alcobaça "poderá implicar, segundo a actual proposta de organização do território, a perda do estatuto de sede de freguesia e a sua agregação a Alfeizerão", o movimento pretende ver discutida da AR a mudança para o concelho de Caldas da Rainha, que dizem permitir "novas soluções para a manutenção da autonomia local".

À pretensão não são alheias criticas à gestão da localidade que o movimento considera ter perdido "importância local e regional", devido a uma política autárquica de marcada pela ausência de "projectos sustentados e continuados de desenvolvimento, ordenamento e planeamento".

Além da recolha de assinaturas o movimento tem vindo a defender a mudança em audiências com vários grupos parlamentares e lançou um hino que está a ser divulgado na internet e rádios da região.

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