domingo, 14 de fevereiro de 2010

A Escola do 1ºCiclo de São Martinho do Porto


O Ensino Primário em São Martinho do Porto passou por várias instalações que, sucessivamente, tentaram responder aos novos desafios que os tempos foram impondo. Assim, recorde-se que desde 1861 a 1924 o Ensino Primário era ministrado no edifício dos antigos Paços do Concelho (que veio a ser também quartel dos bombeiros). A primeira Escola Primária de ensino oficial na localidade seria mandada construir em 1924 pelo Capitão Jaime Pinto, num terreno seu e a suas expensas, acabando a situação provisória do ensino oficial nos Paços do Concelho. Em 1975, tendo em conta necessidades pedagógicas mais abrangentes e o número de alunos existentes, foi inaugurado um novo estabelecimento, do tipo aberto P3, em funcionamento até à data.

De há uns anos a esta parte têm-se verificado a acumulação de vários erros, lamentavelmente pouco conhecidos, que prejudicam a Escola, a qualidade de ensino e, acima de tudo, os que a frequentam. A Câmara Municipal de Alcobaça (CMA), que tem os estabelecimentos de Ensino Primário sob a sua alçada, tarda em resolver os problemas, em crescente agravamento.

A autarquia, ao aprovar a construção do prédio a Sul, que contrasta com as moradias que o ladeiam, permitiu a perda de parte substancial do sol e claridade à Escola, com os inconvenientes daí decorrentes. No espaço desse edifício mais elevado, se possível, além de outro aproveitamento, deveria ter sido construído uma área de parqueamento. Além de professores e funcionários não possuírem espaços adequados para o efeito, é nas horas de entrada e saída dos alunos que mais se dá pela falta de um estacionamento, dado o engarrafamento no local e a insegura circulação de pessoas entre os carros, na própria via.

Os responsáveis autárquicos não tiveram o cuidado de prever a necessidade de uma área de expansão da Escola do 1º Ciclo, não pugnando pela aquisição dos terrenos contíguos, desocupados até há pouco tempo. Ao invés do que seria desejável, a CMA aprovou, muito recentemente, duas moradias naquela área, quando já era evidente que o estabelecimento de ensino funcionava com problemas de espaço e que a construção, fundamental, de um Centro Escolar (que, à semelhança do que é seguido em todo o país, se pretende que englobe o ensino pré-primário, e seja dotado de biblioteca, polivalente, refeitório, entre outras instalações) necessitaria de superfície. Registe-se que o Ensino Pré-Primário nunca existiu oficialmente na Freguesia.

A falta de espaço físico levou já a que o ginásio fosse dividido, perdendo espaço para o efeito e destinando uma área escassa para o apoio escolar, importunado ou interrompido quando se aproxima a hora de ginástica ou de outras actividades no local; a inexistência de um refeitório no edifício escolar faz com que os alunos se tenham deslocar acompanhados a outras instalações improvisadas onde as refeições são servidas, a cerca de uma centena de metros (segundo testemunhos, o trajecto faz-se de forma particularmente penosa, para as crianças e para os profissionais, nos períodos de chuva, vento e frio); a existência de somente quatro salas de aula não permite acabar com o regime duplo (de manhã e de tarde) para um – mais estável – regime de tempo único, em que cada turma teria a respectiva sala; a falta de equipamento, como seja o informático, é gritante: os velhos e poucos computadores existentes não possuem internet, estando mesmo quase todos avariados; a escola não dispõe de material audiovisual adequado e demais equipamentos para serviço administrativo e pedagógico, já para não referir as carências de recursos na higiene; no que diz respeito ao conforto e ao bem-estar de todos que a frequentam assinalam-se deficiências, inadmissíveis, como é o caso da falta de aquecimento ou de aparelhos que minimizassem o problema.

A Câmara Municipal de Alcobaça fez, anos a fio, “ouvidos surdos” quando interpelada pelos docentes e encarregados de educação para a resolução dos problemas. É tempo de os são martinhenses terem conhecimento de um assunto que, embora pouco falado, se tem arrastado com graves consequências na qualidade da educação dos mais novos. Esta é mais uma prova, à semelhança de tantas outras, do desleixo e da falta de resposta da autarquia alcobacense em relação aos serviços essenciais, que deveriam servir condignamente uma das freguesias que mais contribui para os cofres do Concelho.

O Movimento São Martinho para Caldas

5 comentários:

  1. "quem fala assim nao e´ gago...."
    a soluçao nao e´ as Caldas, e´ Sao Martinho do Porto.... lutemos pela nossa autonomia... nao por um outro "Senhor" a quem teremos de "Servir"... Abraço

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  2. visitem a nossa pagina...
    http://maissaomartinhodoporto.blogspot.com/

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  3. já estamos a meio de mais um ano escolar e a situação do refeitório provisório e sem condições e de uma escola com falta de equipamento e de espaço não tem fim á vista.

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  4. Pode-se acrescentar a este artigo o - imperdoável e inadmissível - atraso da Câmara Municipal de Alcobaça no envio do subsídio que lhe compete, particularmente importante para os gastos na aquisição dos manuais.
    Ora, se estes apoios financeiros da Câmara chegam com vários meses de atraso, como podem as famílias mais carenciadas adquirir o material para os seus filhos no início do ano lectivo, no mês de Setembro? Pedem fiado? De que valem, afinal, estes subsídios? Aonde é que está o sentido de responsabilidade da Câmara?
    Não são questões menores, e acontece em São Martinho!

    Venha o regresso ao Concelho de Caldas...

    António

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  5. A C.M.A. de Alcobça pelo seu corricolum numca quis saber de São Martinho à exepção de casos extremo, confrme a realidade dos factos.

    Com a nova administração é precisamente igual.

    Com o passar do tempo vai ser igual prédios e mais prédio em cima das ruas ou estradas (e vivam os EMPREITEIROS).

    COMECEM É COM O ABAIXO ASSINADO QUE ESTAMOS FARTOS DELES, NOS CFÉS NÃO SE FALA DE OUTRA COISA.

    Maria Adelina.

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