sábado, 28 de agosto de 2010

O DAS CALDAS

O das Caldas


Sábado, 28 de Agosto de 2010

São Martinho do Porto nas Caldas?

São Martinho do Porto é uma povoação balnear confusa, mal cuidada, mal urbanizada, que deve servir à câmara de Alcobaça para dizer que tem uma praia cosmopolita sem conseguir ter da câmara de Alcobaça a atenção e o cuidado que devia ter. Os arranha-céus à beira-mar, a criação de uma avenida sem árvores junto à praia e o cáotico trânsito no interior da povoação têm um ar "algarvio" (do pior...) que já não é tolerável nos nossos dias.

Esta situação está, em parte, na origem do movimento São Martinho Para Caldas, que preconiza a (re)integração da freguesia de São Martinho do Porto no concelho de Caldas da Rainha, cidade de que São Martinho está efectivamente mais próxima, sob todos os pontos de vista, do que Alcobaça. (O movimento tem este blog, cuja visita se recomenda.)

São Martinho do Porto e a sua população ganhariam com a troca, de Alcobaça para as Caldas? Talvez. Caldas da Rainha ganharia com a entrada de São Martinho? De certeza! Alcobaça perderia com a saída de São Martinho? Era bem feito!

Sem me pronunciar, digo apenas que gostaria de encontrar em São Martinho do Porto uma povoação visualmente e urbanamente mais acolhedora...

Publicada por Manguito Ecológico

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Movimento “São Martinho Para Caldas” em acções de contacto com a população

Está a ser distribuído em São Martinho do Porto o primeiro boletim do movimento que reivindica o regresso daquela freguesia para o concelho das Caldas da Rainha. Um boletim com quatro páginas onde se reflecte sobre o passado áureo de S. Martinho (em que o património natural e cultural eram as grandes mais-valias), o presente, em que dizem que a vila está reduzida a “um incaracterístico amontoado de betão”, e o futuro, que se quer “rumo ao desenvolvimento e ao progresso sustentado.
A aproveitar as paragens do trânsito automóvel, ou nos carros estacionados nas ruas da vila balnear, voluntários entregam a ‘publicação’ onde os membros do movimento inseriram mais duas páginas apontando “a próxima vítima” da autarquia alcobacense – a Casa do Brasileiro, uma construção do século XIX na parte baixa da vila e que “está condenado, por decisão da Câmara de Alcobaça, à demolição”. Em seu lugar está prevista a implantação de mais uma “jóia arquitectónica de quatro pisos”, acusa o movimento.
O encarte condena ainda a construção que está a ser licenciada na entrada sul da vila e que tapa a vista panorâmica sobre esta. “Primeiro destrói-se, depois tapa-se…”, apontam.
À Gazeta das Caldas, um dos fundadores do movimento, António Costa, diz que “o boletim tem uma argumentação mais sólida e concreta” da reivindicação que fazem, e que trouxeram para a discussão pública há um ano. E faz questão de sublinhar que “esta não é uma luta partidária nem política, mas sim uma questão estrutural”, que se prende com “ligações desde sempre às Caldas da Rainha, seja na vida social e cultural, seja no percurso escolar e nos negócios”.
António Costa diz que o feed back que o movimento tem tido por parte da população é “extremamente positivo” e é por isso que prevê lançar a breve prazo um abaixo-assinado a pedir o regresso ao concelho das Caldas. É que, diz António Costa, o descontentamento com a Câmara de Alcobaça é “generalizado”.
O porta-voz do movimento acusa a autarquia de “só estar preocupada com uma política de construção sem planeamento”. Uma política que está a descaracterizar a vila que “podia ser a coqueluche da nossa zona”. E acredita que se a freguesia voltasse para o concelho das Caldas a realidade seria diferente. “A construção teria que se fazer, mas basta olhar para Salir, aqui à nossa frente, para ver o cuidado que há”.
Além do problema da construção desenfreada, António Costa aponta ainda falta de estruturas na freguesia. “Não temos rede de abastecimento de água em quantidade e qualidade, a iluminação pública é deficiente e as estradas estão num estado lastimável, o saneamento básico tem falhas e não estamos preparados como devíamos para receber os turistas”, afirma.
Para já a promessa é de continuar o contacto com a população, que considera “primordial”. Para isso, o movimento conta não só com a cerca de dezena e meia de pessoas que constituem o seu núcleo duro e com muitos voluntários, e com um blog na Internet onde vão colocando informações sobre a freguesia, em saomartinhoparacaldas.blogspot.com.

 
Joana Fialho


Publicado a 27 de Agosto de 2010 . Na categoria: Destaque Sociedade . Seja o primeiro a comentar este artigo.

domingo, 22 de agosto de 2010

                                                        PODER FATAL
                                
                                      A PRÓXIMA VÍTIMA
Casa do Brasileiro – Rua Conde de Avelar, n.os 61/63
Construção do século XIX, foi durante décadas a mais emblemática casa da parte baixa da vila.
O edifício faz parte do restante património edificado de São Martinho do Porto e está condenado, por decisão da Câmara Municipal de Alcobaça, à demolição. Está prevista, em seu lugar, a implantação de mais uma “jóia” arquitectónica de quatro pisos.
Porquê esconder São Martinho do Porto?
Primeiro destrói-se, depois tapa-se…
Entrada Sul de São Martinho do Porto
Harmonioso equilíbrio urbanístico da Câmara Municipal de Alcobaça.
Uma vez mais se regista a ira destrutiva e a incoerência de ordenamento urbanístico da Câmara Municipal de Alcobaça que, numa malha urbana de moradias, aprova a construção de mais uma parede de betão a tapar a vista sobre a panorâmica da vila.
No fim de estourar com a baía de São Martinho e serras contíguas, numa fúria urbanizadora, a Câmara de Alcobaça contrata um arquitecto bem pago para impressionar e tentar remediar cosmeticamente o que criminosa e alarvemente destruiu!”

Assim se concretizam os piores receios de Eduardo Prado Coelho, ilustre figura da cultura portuguesa, grande amigo e frequentador de São Martinho do Porto. Esta é a realidade que temos! Podemos “agradecê-la”, principalmente, aos responsáveis políticos e técnicos da Câmara Municipal de Alcobaça (C.M.A.), bem como a algumas “personalidades” locais, que durante décadas assistiram e/ou colaboraram neste processo destrutivo.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

ESTÁ DE VOLTA MAIS UM " VERÃO DE SÃO MARTINHO"

Decorre até 29 de Agosto mais uma edição do Verão de São Martinho, o programa de animação que todos os anos promove na vila iniciativas como o Baile de Chitas e o Abraço à Baía.
Até 14 de Agosto, a Casa da Cultura José Bento da Silva tem patente a exposição ‘São Martinho Desafio aos Sentidosn – Grupo 1’. Hoje, dia 6, Mico da Camara Pereira canta pelas 22h00 na Praça Frederico Ulrich, onde amanhã decorre a 2ª eliminatória do concurso de música Sons do Baça, também às 22h00.
Amanhã realiza-se ainda a Regata Tradicional do 24º aniversário do Clube Náutico, seguida do ‘Jantar do Porco’. Na Discoteca Green Hill, na Foz do Arelho, decorre a festa de abertura do Verão de São Martinho 2010.
A 11 de Agosto a Igreja Paroquial é palco do concerto “Histórias da Guitarra Portuguesa”, com João Torre do Valle na guitarra e com Fernando Alvim na viola de fado. O concerto começa às 22h00.
A 14 de Agosto decorre a 3ª travessia da Baía a Nado e à noite, a partir das 22h00, a Praça Frederico Ulrich acolhe o concerto de Sean Riley & The Slowriders. No feriado de 15 de Agosto realiza-se a Regata Tradicional e a discoteca Green Hill recebe a festa ‘Remember 15 de Agosto’.
De 16 a 28 a Casa da Cultura José Bento da Silva acolhe a exposição “São Martinho Desafio aos Sentidos – Grupo 2” e até 21 de Agosto realiza-se o Torneio de Ténis organizado pelo Clube de Ténis de Alcobaça.
Às 22h00 de dia 18 tem início o espectáculo “Noite dos Clássicos”. Na Igreja Paroquial ai ecoar a voz de Maria Rodrigues Lopes, o violoncelo e Maria José Falcão e a guitarra clássica de Miguel Carvalhinho. No dia seguinte a conferência de S. Vicente de Paulo promove o Dia da Porta Aberta, nas suas instalações na Rua José Bento da Silva. Na Discoteca Green Hill tem lugar mais uma Festa Pais e Filhos.
Entre 19 e 23 de Agosto, o Salão de Festas dos Bombeiros Voluntários locais acolhe a 2ª Exposição do Postais Antigos de São Martinho. Um dia depois realiza-se o passeio de bicicletas “Discoteca Green Hill”, entre São Martinho do Porto e Fervença, com fim no Your Hotel & Spa. As inscrições devem ser feitas no Posto de Turismo.
O Verão de São Martinho 2010 prossegue a 21 de Agosto com a Estafeta Optimista e o afamado Baile de Chitas, que decorre junto ao Parque de Campismo e para o qual há transporte vaivém gratuito desde a Avenida Marechal Carmona. No dia seguinte realiza-se a Regata de Windsurf e pelas 16h00 população e veraneantes em São Martinho voltam a unir-se para mais um Abraço à Baía. Um quarto de hora depois a Seat promove um espectáculo de acrobacia aérea.
A 22 e 23 de Agosto realiza-se mais um torneio de canasta no Salão de Festas dos Bombeiros Voluntários. Às 22h00 de 25 de Agosto o Salão Paroquial é palco de um momento de poesia pelo professor Luciano Ravara.
No dia 28 de Agosto o Clue Náutico promove a Regata de Encerramento e às 19h00 celebra-se uma Missa Campal no Adro. No Green Hill há uma nova festa, para marcar o fim do Verão de São Martinho.
Na manhã de 29 de Agosto decorre uma colheita de sangue na Fundação Manuel Francisco Clérigo, organizada pela Associação de Dadores de Sangue Gota de Amor. Há uma nova regata neste dia, desta feita de botes tradicionais a remos.
O programa de animação é, mais uma vez, organizado pela Associação de Verão de São Martinho, com o apoio da Câmara de Alcobaça. As inscrições e informações devem ser solicitadas no Posto de Turismo local ou pelos telefones 262989110 e 964043683
J.F.

"QUEM VAI DE COMBÓIO NÃO PERDE UMA MARÉ"

CP volta a promover idas à praia em viagens longas e com transbordo

A CP repete pelo segundo ano consecutivo uma incompetente mensagem de comunicação sobre a ida à praia em comboio pela linha do Oeste. Os responsáveis do marketing desta empresa pública, eternamente deficitária, resolveram gastar mais de 2500 euros a imprimir panfletos com o horário dos comboios da linha do Oeste que servem a estação de S. Martinho do Porto.

O folheto tem o lindo nome de “Quem vai de comboio não perde uma maré” e seria uma boa ideia se a oferta da empresa fosse verdadeiramente credível e os ditos horários fossem compatíveis com a ida à praia.

Não há dúvida que o modo ferroviário é o mais indicado para deslocações deste tipo por serem mais baratas, mais rápidas, mais amigas do ambiente e sem os problemas de congestionamento e de estacionamento que tanto acontecem em inúmeras estâncias balneares (inclusive S. Martinho).

Mas esta não é a realidade da linha do Oeste, apesar de S. Martinho ter a estação a 100 metros da praia, o que é uma enorme vantagem do comboio face a qualquer outro modo de transporte. O que falha é a escassa oferta e os horários anacrónicos, feitos a pensar na oferta e não nas necessidades dos passageiros, ou seja, da procura.

Por exemplo, do Bombarral para S. Martinho a CP propõe no seu folheto uma viagem de regresso que demora 1 hora e 27 minutos, ou seja, uma média de 20 Km/hora, pouco mais do que uma viagem de carroça.

OS INACREDITÁVEIS TRANSBORDOS

E isto porquê? Porque a empresa insiste em obrigar todos os seus passageiros em mudar de comboio nas Caldas, sendo que o tempo desse transbordo pode demorar entre 10 a 50 minutos.

Deste modo, qualquer pessoa a montante das Caldas da Rainha terá sempre a viagem penalizada por causa de uma interrupção nesta cidade, na qual se muda de uma automotora para outra completamente igual.

É por isso que do Bombarral para S. Martinho as viagens de ida propostas pelo folheto podem demorar entre 42 a 44 minutos e as de regresso são todas superiores a 1 hora.

Já a partir das Caldas a CP pode, de facto, ser uma boa alternativa. Basta dizer que o comboio mais rápido demora apenas oito minutos entre o centro da cidade e o centro de S. Martinho de Porto. Só há dois por dia com este tempo de percurso (e um é às 6h20), mas prova o potencial do caminho-de-ferro.

Ainda assim, quem quiser regressar da praia, só tem uma composição às 17h54 (demasiado cedo para os longos dias de sol durante o Verão) e outra às 21h01 (demasiado tarde).

Ou seja, a CP bem que poderia ficar quieta e não gastar dinheiro em folhetos que se limitam a repetir a oferta existente e que não foi nada adequada à época de Verão.

A empresa diz que nos meses de Julho e Agosto de 2009 a estação de S. Martinho motivou um tráfego de passageiros que rondou os 10 mil (cerca de 167 passageiros por dia) e que desde o início de Julho deste ano já foram efectuadas cerca de 2500 viagens em grupo especificamente para a praia de S. Martinho.

Números irrelevantes, quando comparados com os tempos em que havia vários comboios directos por dia para S. Martinho do Porto (com a oferta do chamado “comboio do banho” na época alta).

É por isso que os 2500 euros gastos em folhetos promocionais – não acompanhados de uma oferta de qualidade – parecem uma provocação à população do Oeste que há muito se desabituou de contar com o comboio, tanto nas suas viagens de trabalho como de lazer.

Carlos Cipriano

cc@gazetacaldas.com