Mau grado a fundação de São Martinho do Porto tenha decorrido, pelas circunstâncias do momento, da responsabilidade do Mosteiro de Alcobaça, é por demais evidente que essa “ligação” nunca constituiu uma verdadeira união. Ainda que nada nos mova contra os alcobacenses, a realidade prova-nos que São Martinho do Porto se construiu e se desenvolveu em íntima ligação com o mar, formando uma unidade geográfica com Salir do Porto, Alfeizerão e Serra do Bouro. Toda esta região, outrora Concelho, está profundamente ligada, por todas as razões, designadamente as de ordem social, educacional, cultural e económica, à cidade de Caldas da Rainha, a qual influencia decisivamente a vida destas populações.
Esta unidade geográfica, que tem Caldas da Rainha como pólo de desenvolvimento, funciona naturalmente nos diferentes parâmetros em que assenta a vida em sociedade. Gerações de sãomartinhenses têm nascido, estudado e vivido naquela cidade. Dada a proximidade e com estreitas ligações de vias rodoviárias, ferroviária e transportes públicos, a população de São Martinho é em Caldas que procura/encontra respostas para as suas necessidades, sejam elas profissionais, de habitação, de saúde, de serviços, económicas, culturais ou de lazer.
O desenvolvimento e o progresso das localidades não acontecem ao sabor de divisões administrativas impostas, sem atender às suas realidades. Por isso, em nossa opinião, o futuro de São Martinho do Porto passa por integrar administrativamente o Concelho de Caldas da Rainha.
O Movimento São Martinho para Caldas