sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A HISTÓRIA DO COMBÓIO AMERICANO

 
COMBOIO   AMERICANO


O Caminho de Ferro Americano é instalado na Marinha Grande por volta do ano de 1856. Foi construído inicialmente com carris de madeira, conforme o projecto traçado pelo Engenheiro Joaquim Simões Margiochi.

Este fazia a ligação entre a Marinha Grande (desde a estação de Pedreanes passando em frente da Real Fábrica de Vidros) e  São Martinho do Porto. Para lá transportava os produtos do pinhal, de retorno trazia areia, calcário, pedra e cal, servindo assim as duas manufacturas locais,
a resinagem e a fábrica dos vidros.

O comboio era constituído por nove vagões de carga e um de passageiros e era puxado nas subidas por dois bois e nas descidas o seu próprio peso fazia com que se deslocasse velozmente.

Por volta de 1861,época áurea de crescimento industrial, o primitivo caminho de tábuas seria renovado, com a sua substituição por carris de ferro que permitiam um melhor deslize.
Ainda hoje existem as duas antigas estações de Pedreanes e São Martinho do Porto, cuja arquitectura é igual pois foram ambas construídas no mesmo ano.




Apesar do caminho de ferro ter fomentado o progresso e modernizado a Marinha Grande e o país, a antiga estação encontra-se ao abandono, e vai servindo de armazém/garagem para as pessoas que ali vivem. É uma pena que nada se faça para preservar o local e a sua memória.
Informação retirada daqui


O FIM DA LINHA!! QUE TRISTEZA!!!!










Notas de História Regional – XLIII
 

A Marinha Grande nos 150 anos do caminho de ferro
>>  Comemora-se hoje, 26 de Outubro de 2006, século e meio da primeira viagem oficial de caminho de ferro em Portugal.
Passava pouco das dez da manhã de 26 de Outubro de 1856, quando o Cardeal Patriarca de Lisboa, na presença da família real, corpo diplomático e altos dignitários, procedeu à bênção das locomotivas que da estação de Santa Apolónia, iriam rebocar as duas primeiras composições com destino ao Carregado, ponto terminal da nossa primeira linha ferroviária.
À inauguração não pode estar presente o ministro Fontes Pereira de Melo, um dos mais entusiastas defensores da implantação dos caminhos de ferro em Portugal.
Terminada a cerimónia, a família real e o corpo diplomático, tomaram lugar no primeiro comboio, composto de 14 carruagens, rebocadas por duas locomotivas, que partiu ao som das salvas disparadas do castelo de S. Jorge.
Pouco depois, uma segunda composição, de nove carruagens, seguia o mesmo destino, com os accionistas da Companhia Real e seus convidados.
À chegada ao Carregado foi servido um banquete a expensas da Companhia, num pavilhão real, armado expressamente para a ocasião.
Escasso quarto de século havia decorrido, desde que os ingleses George Stephenson e seu irmão Robert, em Setembro de 1825, se tinham aventurado a apresentar a público a sua locomotiva "Rocket", uma invenção que revolucionaria o mundo, rodando lentamente na arcaica linha montada entre Liverpool e Manchester.
Um comerciante de Liverpool, teria jurado comer uma roda de locomotiva estufada, se alguma vez um comboio andasse a dez milhas à hora. Os sarcasmos dos cépticos depressa caíram por terra, quando a nova “Northumbrian" de Georges Stephenson galgou a linha de Liverpool a Manchester à velocidade de vinte milhas horárias.
O caminho de ferro chegou a Portugal no mear do século XIX, cuja primeira metade ficou marcada por uma caterva de calamidades, desde as Invasões Francesas entre 1807 e 1811, às lutas liberais que duraram -até 1834, as sedições militares e as duas guerras civis que trouxeram o povo em armas até finais de 1840, deixando o país exangue.
Com a Regeneração, uma plêiade denotáveis homens de estado, entre os quais sobressaiam vultos como Fontes Pereira de Melo, o Duque de Loulé, Rodrigo da Fonseca, o Visconde da Atouguia, e outros, deram início a uma política de fomento e modernidade, cujo principal cavalo de batalha era o caminho de ferro.
Ora, a história da Marinha Grande em matéria de caminhos de ferro é contemporânea da inauguração do primeiro troço de via férrea. Com efeito, e como provam os documentos já publicados pelo distinto Engenheiro Silvicultor, professor C.M. Baeta das Neves, data de 4 de Dezembro de 1856 o despacho do Ministério das Obras Públicas que manda proceder à imediata construção do primitivo troço de caminho de ferro americano, em rails de madeira, conforme o projecto traçado pelo Engenheiro Joaquim Simões Margiochi, "para a construcção do caminho de madeira dos pinhaes de Leiria ao porto de S. Martinho".
Com tracção animal, o velho caminho de tábuas seria renovado em 1861, com a sua substituição por carris de ferro, conforme posterior documentação já publicada pelo Engenheiro Arala Pinto.
Por 1861 vivia-se uma época áurea de crescimento industrial. Como crescimento das vias férreas, o país estava sedento de ferro é a prospecção mineira na região de Leiria, rica em ferro e carvão vegetal, levava à criação da Portuguese Iron and Coal Company por escritura lavrada em Londres a 31 de Março de 1863. Esta companhia, denominada na sua versão portuguesa por Companhia das Minas de Ferro e Carvão de Portugal, tinha como figuras cimeiras no nosso país, o Visconde de Azarujinha e Jorge Croft, este último, concessionário da maioria das explorações mineiras do Distrito de Leiria.
É esta companhia que vai construir o Alto Forno de Pedreanes, inaugurado em 6 de Março de 1866, com grande pompa e circunstância, tendo como mestre de cerimónias o Marechal Saldanha.
Quase apagado na memória local, apesar da intervenção arqueológica dirigida anos atrás pelo Prof. Jorge Custódio, que publicou um pequeno livro a propósito, sabe-se hoje pela documentação recentemente descoberta, que o alto forno de Pedreanes, e confirmando já o avançado por Jorge Custódio, foi um projecto imenso, infelizmente perdido, nele colaborando grandes engenheiros de minas e técnicos de siderurgia, como o seu director Henry Gould, o galês John Gower, que dirigiu a construção das infraestruturas, cuja estrutura principal tinha 12 metros de altura, o engenheiro de minas Linten, e Edward Riad.
Edward Riad e John Gower, vieram directamente da índia, onde tinham construído e colocado em funcionamento os primeiros altos fornos construídos pelos ingleses na sua colónia indiana.
Creio firmemente, que a renovação do caminho de ferro americano em 1861, ordenada, pelo Duque de Loulé, visava já o projecto de Pedreanes, porque o alto forno de Pedreanes não pode ser olhado por um prisma isolado. Lembremos que a própria estrada Leiria-Marinha, no seu 2° lanço entre a Barosa e Marinha, só é arrematada em 5 de Fevereiro de 1864 ao construtor José Domingues Eduardo, outro nome esquecido, que chegou a ser deputado à Câmara de Leiria pela Freguesia da Marinha Grande.
A verdadeira dimensão de Pedreanes, é-nos dada, quer pelo relatório enviado ao Governo, já com o alto forno em plena produção, pelo engenheiro de minas Frederico de Vasconcellos Pereira Cabral, em 28 de Abril de 1866, onde ficamos a conhecer a potência das duas máquinas a vapor e os diversos mecanismos, quer pelos contratos estabelecidos por Henry Gould para o abastecimento de combustível e minério: só por exemplo, a Júlio Augusto Lino, da Marinha Grande, são adjudicados os carretos de três mil carradas de pinheiros, bem como vinte e cinco carradas por dia de minério e carvão, só das minas de Pinheiros, Marrazes e Barosa.
Foi ainda a Companhia de Minas de Ferro e Carvão de Portugal, quem iniciou os modernos trabalhos de mineração na bacia mineira do Leria, algo que ficou, talvez propositadamente, esquecido na exposição sobre as minas do Leria, recentemente organizada pela Câmara Municipal da Batalha.
Neste ano dos 150 anos do caminho de ferro em Portugal, e dos mesmíssimos 150 anos do caminho de ferro na Marinha Grande, o mesmo ano em que o Governo Brasileiro, em Fevereiro passado, inaugurou com grande pompa a primeira fase do restauro e conservação dos vestígios arqueológicos dos altos fornos de Ipanema, erguidos sob a direcção de Guilherme Warnhagen, a quem a Marinha Grande tanto ficou a dever, um homem do ferro que veio para Portugal para modernizar a velha fundição da Foz da Ribeira de Alje, só mesmo a Marinha Grande poderia desprezar a oportunidade de comemorar condignamente os 140 anos da inauguração do primeiro alto forno construído em Portugal, um projecto de tal envergadura, que só em 1961, quase um século decorrido, Portugal viria a ter de novo capacidade para erguer os altos fornos da Siderurgia Nacional.
Também a 6 de Novembro próximo, passam 170 amos da publicação do Decreto de 6 de Novembro de 1836, pelo qual a Marinha Grande foi elevada pela primeira vez a Concelho. Sabe-se hoje quem foram os autarcas, qual o trabalho desenvolvido e porque soçobrou essa primitiva autarquia. Uma caterva de documentação, ainda inédita, a ser publicada e interpretada, permitiria compreender os meandros da política, os interesses particulares, a implantação da maçonaria, todo um conjunto de factores que, no seu contexto e no seu tempo, não permitiram e adiaram a restauração do concelho da Marinha Grande até 1917.
Neste ano de aniversários, com os caminhos de ferro em figura de proa, teria sido ainda o ano exacto para, de uma vez por todas, restaurar completamente e colocar a funcionar a velha locomotiva do comboio de lata, novamente a apodrecer nos estaleiros municipais, após o auspicioso restauro de 1997 por iniciativa da Junta de Freguesia.
150 anos do caminho de ferro na Marinha Grande; 140 anos da inauguração do Alto Forno de Pedreanes; 170 anos da primeira elevação da Marinha Grande a Concelho!
Demasiadas oportunidades perdidas, que poderiam contribuir decisivamente, sem grandes dispêndios, para ajudar a fazer entrar a Marinha Grande pela porta grande dos roteiros culturais nacionais.

Autor: Hermínio Freitas Nunes
Fontes de Consulta: >> in:  Jornal da Marinha Grande |  edição de 26.10.06

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

DESDE O DIA 12/8/2009, OS CONCELHOS DE ALCOBAÇA E NAZARÉ ESTÃO INTEGRADOS NA ENTIDADE REGIONAL DE TURISMO DO OESTE

Decreto-Lei nº 187/2009 de 12-08-2009

Reconhecendo ser essencial a cooperação e o suporte regional para a concretização da política de turismo, foi preocupação deste governo reorganizar os organismos regionais de turismo. Neste âmbito, foram criados, com a aprovação do Decreto-Lei n.º 67/2008, de 10 de Abril, cinco áreas regionais de turismo e seis pólos de desenvolvimento turístico, com o objectivo, por um lado, de assegurar a cobertura de todo o território nacional (cobertura que os 27 órgãos regionais e locais que anteriormente existiam não conseguiam assegurar) e, por outro, de permitir que cada um dos organismos regionais tivesse uma entidade dinamizadora e interlocutora junto do órgão central do turismo.

Decorrido um ano sobre a aprovação do novo modelo, mostra-se necessário proceder à alteração da composição dos pólos de desenvolvimento turístico de Leiria-Fátima e do Oeste, verificando-se que os municípios de Alcobaça e Nazaré, actualmente integrados no pólo Leiria-Fátima, revelam maior afinidade territorial com a região do Oeste, e uma maior vocação para contribuir para a formação da oferta turística deste pólo.

Assim, de forma a garantir uma maior eficiência de gestão e a consolidação dos produtos turísticos que melhor contribuem para formar e afirmar a oferta dos dois referidos pólos, optimizando o seu desenvolvimento em termos turísticos, altera-se a respectiva composição, deixando os municípios de Alcobaça e de Nazaré de integrar o pólo de desenvolvimento turístico de Leiria-Fátima, passando a integrar o pólo de desenvolvimento turístico do Oeste.

Foi ouvida a Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Assim:

Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Voltar ao Sumário do DR nº 155/2009 Ser. I

Remissões

Decreto-Lei nº 67/2008 de 10-04-2008

Regime Jurídico das Áreas Regionais de Turismo de Portugal Continental e dos Pólos de Desenvolvimento Turístico

Lei Constitucional nº 1/2005 de 12-08-2005, Artigo 198.º - (Competência legislativa)

Constituição da República Portuguesa - Republicação

Decreto de Aprovação da Constituição nº CRP 1976 de 10-04-1976

Constituição da República Portuguesa

SÃO MARTINHO TAMBÉM PODE SER ACESSIVEL!


SÃO MARTINHO TAMBÉM PODE SER ACESSIVEL


De membros da Associação ACAPO, veraneantes habituais de São Martinho do Porto à largos anos, enviaram-nos algumas fotos com o seguinte comentário:

"São Martinho também pode ser acessível".

O nosso movimento agradece a estes associados a colaboração, reconhecendo que a Câmara de Alcobaça não tem critérios específicos nesta matéria.

Os nossos passeios quando existem, numa maioria são “ratoeiras” para todos, mas em especial para os invisuais.

Nos últimos anos, autorizou-se de tudo! Construções novas sem passeios, outros sem alinhamentos, outros sem as larguras suficientes, o que se autorizou sim! Foi, aquilo que dava jeito aos interesses instalados!

Infelizmente e graças à Câmara de Alcobaça, “o futuro de São Martinho está comprometido”, os nossos passeios não têm largura suficiente ou não existem. Foram planeados e projectados sem prever o futuro.

Nos que existem, foi autorizado de tudo! Depósitos para garrafas de gás, degraus, sinalética, postes de iluminação, árvores, contentores do lixo, caixas da EDP, e até estacionamento para carros, etc,etc!

É também por por estas e por outras que São Martinho quer voltar para Caldas!!!








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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CENTRO DE SAÚDE DE SÃO MARTINHO É MAIS UM CENTRO PROVISÓRIO!!!

MAIS UMA INAUGURAÇÃO PROVISÓRIA!

Já não temos conta quantas foram as inaugurações provisórias!

Os responsáveis da Câmara de Alcobaça, certamente não esperavam a reacção da população de São Martinho, contra o fecho do seu centro de saúde, que não podia também deixar de ser provisórias.

O nosso movimento tem conhecimento que o encerramento do centro de saúde, foi provocado pelo actual executivo da Junta de Freguesia.

A este assunto concretamente refere-se o oficio Nº103/09 de 03/03/2009, cuja cópia se encontra em nosso poder.

Fazendo uma leitura atenta ao documento, leva-nos a concluir que o presidente da Junta de Freguesia, já teria chamado a atenção dos responsáveis, nomeadamente presidente da Câmara de Alcobaça, do estado degradado e sem condições, que aquele centro tinha.

A nossa pergunta é simples!

Como já era sabido que aquele espaço não cumpria os requisitos necessários para o funcionamento regular, porque é que a Câmara não actuou mais cedo?

Porque deixou aquele centro de saúde estar aberto com falta de condições?

A Câmara Municipal, como órgão autárquico superior, deveria ter diligenciado esforços para a construção/adaptação de um outro edifício desde que o anterior (na Rua José Bento da Silva) deixou de funcionar (se não mesmo antes disso).

Os serviços de saúde, são dos mais elementares e prioritários serviços que qualquer país deverá prestar às suas populações. Os autarcas que gerem os nossos impostos, têm o dever de saber gastar o nosso dinheiro. Mudar constantemente as instalações provisórias, denota, a falta de visão que os dirigentes concelhios têm para responder aos principais problemas, e necessidades das populações.

Um investimento num centro de saúde novo, com condições teria prioridade sobre qualquer obra megalómana de estética. Obras que infelizmente que se tem visto, por São Martinho, e que reafirmamos que são de fachada.

Senhor presidente da Câmara o que São Martinho precisa são infra-estruturas, não de caprichos vaidosos. O bem-estar dos saomartinhenses, amigos e fregueses, deveriam estar primeiro.

Por ultimo Sr. presidente, distribuir convites para inaugurar um centro de saúde, no dia seguinte da sua inauguração, não é brincar com esta população? Por tudo isto entendemos nesta conformidade estamos perante um golpe no período eleitoral, cujo golpe pela sua intenção repudiamos.


É POR ESTA E POR OUTRAS QUE SÃO MARTINHO QUER MUDAR PARA CALDAS, para poder ter um centro de saúde condigno!!!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

MAIS UM CENTRO DE SAÚDE PROVISORIO INAUGURADO NA NOSSA TERRA

------HOTEL PARQUE – CLASSIFICAÇÃO COMO BEM DE INTERESSE

------HOTEL PARQUE – CLASSIFICAÇÃO COMO BEM DE INTERESSE


MUNICIPAL – PROPOSTA DE DECISÃO FINAL --Da documentação consta uma circunstanciada informação do arqueólogo da Câmara, António Figueiredo:

5003 metros quadrados

1910 Habitação do emigrante brasileiro (natural de smporto) António Rosa...

1930/40 Pensão e Hotel Rosa...

1950 Hotel Parque...

Só poderá ser classificado de Imóvel de Interesse Municipal, com base no nº 4 dor art.º 94º da lei 107/2001 de 8 de Set..



DR Cultura LVTejo discordou da pretensão de ser classificado Monumento Nacional



Aprovado por unanimidade.



Voto a favor, mas lembro que há um histórico a trazer à colação:

no meu 1º mandato, 98/2001, com o Vereador Rui Coelho no pelouro das Obras Particulares e o Arq Fernando Matias, como Director de Departamento, foi licenciado aquele volume de apartamentos, com aquela cércea e com a ocupação de 1 dos courts de ténis do Parque, porque o promotor se comprometeu a restaurar o Hotel Parque.

Até agora não cumpriu o compromisso...

Acho que deveria ter havido pressão junto do promotor e proprietário AMITUR/Coutinho.



Vice-presidente diz que se fez pressão, mas assim, com esta decisão, ficamos todos mais confortados.

Vai

1 Set 2009. 129º RRRR. 2005/2009


Registo Pessoal do Vereador eleito pela CDU, Rogério Raimundo, da Reunião da CM Alcobaça, cuja intervenção e comentários estão registados a verde e a vermelho

terça-feira, 1 de setembro de 2009

VIAGEM POR SÃO MARTINHO